Intolerância religiosa
A derrota da seleção brasileira para a Colômbia, na última quinta-feira (16), não deixou sequelas somente em Fernando Diniz (muito criticado pela formação tática do time). O atacante Paulinho, do Atlético-MG, foi alvo de ataques religiosos.
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Durante o jogo contra a Colômbia, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, Paulinho foi acionado aos 22 minutos da etapa final, para entrar na vaga de Rodrygo.
Naquele momento, o Brasil ganhava de 1 a 0, com gol de Gabriel Martinelli. Sete minutos após a entrada do atacante, Luis Díaz marcou o primeiro, e aos 33, balançou as redes de novo para garantir a virada colombiana.
Paulinho é praticante do Candomblé, e após a virada da seleção colombiana, apareceram comentários nas redes de cunho intolerante à sua religião. Alguns deles, eram assim (SIC):
“Se macumba funcionasse, Bahia seria rica”;
“Cadê seu Exu agora, Paulinho?”;
“Foi só esse macumbeiro vagabundo, desperdiçador de farofa entrar que tomamos a virada”.
Resposta nas redes sociais
Neste domingo, em reposta aos ataques, Paulinho fez um post em suas redes sociais, com a camisa da seleção brasileira em preto e branco, com a seguinte legenda: “Nossa luta é diária… Seguimos. Gratidão aos orixás”.
Paulinho com a bandeira da Seleção Brasileira. Foto: Alexander Hassenstein/Getty Images.
Nas redes sociais, o Atlético-MG, clube ao qual atua Paulinho, também se manifestou contra os ataques e em defesa do camisa 10.
“A intolerância religiosa é crime e deve ser combatida por todos. O Galo repudia veementemente os ataques destinados ao nosso atleta Paulinho, nas redes sociais, durante a partida da Seleção Brasileira. Força, Paulinho. Que sua fé te proteja da maldade alheia!”, destacou o post do Galo.