A Fifa endossou a campanha criada pela CBF – “com racismo não tem jogo” – durante visita do presidente Gianni Infantino à delegação brasileira hospedada em Barcelona. O dirigente máximo do futebol mundial, após encontro com Ednaldo Rodrigues, anunciou que os árbitros têm de paralisar os jogos em que haja manifestações racistas. “Se há racismo, o jogo tem que parar! Basta!”, disse Infantino.
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Ele aproveitou o encontro da manhã desta quinta-feira (15) para informar que a Fifa vai criar nos próximos dias uma comissão composta por atletas em atividade para a discussão de propostas de combate ao racismo no futebol. “Não temos apenas que falar. Temos que ser contundentes! Chega! Basta! O Brasil é o país mais importante do futebol mundial e estamos unidos com a CBF para que outras federações possam também agir de forma firme contra as discriminações nos estádios, nas redes sociais, no universo que envolve o futebol”, declarou Infantino.
Antes de falar ao site da CBF / CBF TV, Infantino se reuniu reservadamente com Ednaldo Rodrigues por cerca de meia hora. Abordaram questões diversas do futebol mundial. Depois, os dois receberam Vinícius Júnior. Para o presidente da CBF, o engajamento da Fifa na luta contra os atos de preconceito no futebol reforça bastante as iniciativas tomadas pela própria CBF na sua gestão.
Créditos: Joilson Marconne / CBF
O Brasil ainda é o país mais importante do futebol?
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“Somos a primeira federação do mundo a estabelecer perda de pontos como punição para essas situações no Regulamento Geral das Competições. E temos que ir além. No Brasil, semanas atrás, um torcedor foi identificado após ofensas racistas e acabou preso. Racismo é crime, não pode haver tolerância com crimes. Esperamos que a sociedade como um todo abrace essa causa. Que a imprensa reforce isso. A CBF quer que através do futebol o mundo volte a ser mais alegre”, disse Ednaldo.
TOLERÂNCIA 0! ✊🏾 Gianni Infantino, presidente da Fifa, se reuniu com a delegação da #SeleçãoBrasileira e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para discutir medidas antirracistas no futebol e apoiar a ação criada pela CBF “com racismo não tem jogo”. Créditos: CBF TV
Durante a visita, Infantino e Ednaldo falaram diante de todos os jogadores da Seleção no restaurante do hotel. Em rápido discurso, eles enfatizaram que as ações e campanhas a respeito do tema vão ser contínuas. Na oportunidade, Infantino recebeu do capitão Casemiro uma camisa 9 da Seleção. Foi quando o dirigente se aproximou de Richarlison e pediu permissão a ele para usar o uniforme. Com leve sorriso, o atacante deu a autorização e os dois se abraçaram.