Punição cai como bomba no Morumbi
O São Paulo amanheceu nesta quarta-feira com um problema sério fora das quatro linhas. O clube recebeu um transfer ban aplicado pela FIFA, que impede o registro de novos jogadores enquanto uma pendência financeira não for resolvida. A informação foi divulgada inicialmente pelo GE e confirmada internamente.

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A punição atinge diretamente o planejamento da diretoria para a próxima temporada. Mesmo sem contratações imediatas previstas, o Tricolor entende que manter o clube bloqueado no sistema da FIFA é um risco esportivo e institucional que não pode se prolongar.
O motivo do transfer ban é uma dívida estimada em 1,2 milhão de dólares com o agente Adrián Ruocco, representante envolvido na negociação que trouxe Jonathan Calleri de volta ao São Paulo em 2021. Naquele momento, o atacante retornou por empréstimo após longa negociação.
Dívida envolve retorno de Jonathan Calleri
Parte do valor acordado pela intermediação não foi quitada. Sem acordo entre as partes ao longo dos anos, o caso acabou sendo levado à FIFA, que julgou procedente a cobrança e aplicou a punição até que o pagamento seja realizado integralmente.

Jonathan Calleri, atacante do São Paulo. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Procurado, o São Paulo reconheceu a dívida e informou que já trabalha para levantar os recursos necessários. A ideia da diretoria é quitar o valor ainda nesta semana, com expectativa de que o transfer ban seja retirado até sexta-feira.
Internamente, o entendimento é de que o problema se arrastou além do aceitável. A gestão atual vê a regularização como prioridade absoluta para evitar impactos maiores no mercado e também novas sanções nos próximos meses.
Outra pendência envolve o pai de Calleri
Além da dívida com o agente, a apuração indica que o São Paulo também deve valores ao pai do jogador, Guillermo Calleri. Ele teve papel importante para viabilizar o retorno do atacante em 2021, intermediando aspectos financeiros do negócio.

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O montante dessa dívida não foi divulgado, mas também segue em aberto desde então. Embora esse valor não tenha gerado punição imediata da FIFA, a diretoria reconhece que o passivo existe e precisa ser resolvido para evitar novos conflitos.
Diretoria admite falhas e promete solução rápida
O discurso interno no São Paulo é de autocrítica. A diretoria admite que houve falhas de entendimento, atrasos nos compromissos e desgaste desnecessário com pessoas ligadas ao jogador, que segue sendo peça importante esportivamente.
Agora, a prioridade é limpar o passivo, derrubar o transfer ban e devolver tranquilidade administrativa ao clube. O recado é claro: sem resolver o passado, o São Paulo sabe que não conseguirá planejar 2026 com segurança.








