*Colaboração: Cauê Martinelli

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São Paulo começa 2026 pressionado
O São Paulo entra em 2026 sob pressão. A goleada por 6 a 0 sofrida diante do Fluminense, somada aos 13 jogadores lesionados, colocou o clube em um cenário incomum: o risco real de lutar contra o rebaixamento no Paulistão 2026, competição que terá apenas oito rodadas na primeira fase.
O novo formato reduz drasticamente a margem de erro. Com adversários diretos em boa fase, retrospecto recente desfavorável e um departamento médico lotado, o Tricolor Paulista inicia a temporada cercado de dúvidas.
Tabela do Paulistão 2026 amplia preocupação da torcida
A Federação Paulista divulgou o calendário de jogos e, com ele, cresceu a apreensão da torcida tricolor. Dos oito confrontos, quatro são considerados de alto risco.
- Principais desafios: Mirassol x São Paulo: o adversário, sensação da temporada e classificado para a Libertadores, recebe o Tricolor em excelente fase.
- Clássicos: Corinthians e Palmeiras enfrentam o São Paulo em suas casas, onde mantêm superioridade recente. O Santos é o único rival que visita o MorumBIS.
Como o intervalo entre o Brasileirão e o Estadual é curto, equipes mais estáveis tendem a levar vantagem sobre elencos com muitos desfalques, como o do São Paulo.
Retrospecto recente contra rivais diretos é negativo
O desempenho do Tricolor em 2025 reforça a preocupação.
- Contra o Mirassol: 3 jogos, com 2 derrotas no Brasileirão e 1 vitória no Paulistão, quando o time do interior ainda oscilava.
- Contra o Corinthians: 2 vitórias do São Paulo e 1 derrota fora de casa.
- Contra o Palmeiras: 4 jogos e nenhuma vitória. Foram 2 derrotas e 1 empate no Allianz Parque, além de uma derrota no MorumBIS por 3 a 2, marcada pela não marcação de um pênalti claro por Ramon Abatti Abel.
- Contra o Santos: 2 derrotas na Vila Belmiro e 1 vitória no MorumBIS.
O recorte dos clássicos evidencia a dificuldade do São Paulo em somar pontos longe de casa, exatamente o que o clube precisará fazer em 2026 para escapar da parte de baixo da tabela.

Partida no Estádio Arena Barueri pelo Campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Histórico recente do Paulistão indica risco real de queda
Com o novo formato, o desempenho necessário para escapar do rebaixamento diminuiu. Antes, com 12 rodadas, os clubes se salvavam com cerca de 11 pontos. Agora, com apenas oito jogos, a linha de corte deve ficar em torno de 8 pontos, já que o máximo possível caiu de 36 para 24.
Pontuação dos rebaixados nos últimos cinco anos:
- 2021: São Bento (9 pontos) e São Caetano (3 pontos)
- 2022: Ponte Preta (9 pontos) e Novorizontino (3 pontos)
- 2023: São Bento (10 pontos) e Ferroviária (9 pontos)
- 2024: Santo André (8 pontos) e Ituano (6 pontos)
- 2025: Água Santa (7 pontos) e Inter de Limeira (7 pontos)
Projeção: quantos pontos o São Paulo pode conquistar?
Mesmo com o cenário desfavorável, uma projeção realista aponta que o Tricolor pode chegar a pelo menos 13 pontos.
Contra os grandes adversários (Mirassol, Corinthians, Palmeiras e Santos), a expectativa é de cerca de 3 pontos, imaginando uma vitória no MorumBIS sobre o Santos. Caso o time consiga um empate ou vitória fora, pode até se colocar entre os favoritos ao título.
Nos outros jogos, com três partidas em casa, o São Paulo tem potencial para conquistar 9 pontos. Contra a Ponte Preta fora, um empate é considerado um bom resultado.
Total estimado: entre 10 e 13 pontos. Com esse desempenho, o São Paulo deve evitar o rebaixamento e até brigar por vaga na próxima fase.

Luciano, jogador do São Paulo, comemora seu gol contra o Internacional na Vila Belmiro pelo Campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Mauricio De Souza/AGIF
Surto de lesões deixa o elenco comprometido
O setor físico é o maior problema neste início de temporada. O São Paulo acumula 13 desfalques simultâneos, muitos deles titulares ou peças importantes na rotação.
Lesionados no momento:
- Enzo Díaz (hérnia inguinal)
- Ryan (lesão ligamentar no joelho esquerdo)
- André Silva (lesão ligamentar no joelho direito)
- Luan (lesão no adutor direito)
- Dinenno (lesão no joelho)
- Marcos Antônio (lesão muscular)
- Rodriguinho (bronquite)
- Oscar (alterações cardiológicas)
- Arboleda (lesão muscular)
- Lucas Moura (dores no joelho direito)
Além de comprometer o desempenho imediato, o número de baixas levanta dúvidas sobre quem estará fisicamente apto já na estreia do Paulistão.
Quem pode voltar para reforçar o São Paulo no início do Estadual?
Mesmo com os 13 lesionados, o São Paulo deve recuperar parte do elenco, mas alguns casos preocupam.
- Casos incertos: Lucas Moura, devido ao problema crônico no joelho; Oscar, por quadro cardiológico que pode até levar à aposentadoria;
- Possíveis saídas: Dinenno e Luan, que devem ser negociados;
- Sem previsão de retorno: André Silva e Ryan;
- Retornos prováveis: Luciano, Arboleda, Marcos Antônio e outros nomes considerados titulares.
- Retornaram (até a publicação do artigo): Calleri e Wendell
O São Paulo pode evitar o rebaixamento?
Sim, mas o risco é real. A combinação de muitos desfalques, tabela desfavorável e retrospecto recente negativo coloca o clube em alerta para 2026. Caso confirme a projeção de cerca de 13 pontos, o Tricolor deve evitar o descenso e até competir por vaga na fase final. Para isso, será fundamental recuperar jogadores, somar pontos fora de casa e ajustar o sistema defensivo.
O São Paulo estreia no dia 11 de janeiro, contra o Mirassol. O horário da partida ainda não foi confirmado.








