Walter, ex-goleiro do Corinthians e do Cuiabá, voltou a ganhar espaço nacional com a incrível campanha do Mirassol na tempora de 2025. Mas, antes de se reinventar no interior paulista, o goleiro viveu um capítulo pouco conhecido de sua carreira: a proposta do São Paulo em 2021.

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Em entrevista ao Globo Esporte, conduzida pela jornalista Carolina Bertazzi, o goleiro abriu os bastidores do interesse tricolor naquele período e explicou por que decidiu não vestir a camisa do São Paulo, mesmo sendo tratado internamente como uma alternativa séria para o gol.
Bastidores da negociação: como o São Paulo chegou a Walter
O episódio aconteceu no início de 2021, quando o goleiro vivia seu melhor momento no Cuiabá após deixar o Corinthians. A regularidade no novo clube chamou atenção do mercado, e o São Paulo, que buscava opções para reforçar o setor antes da chegada de Rafael, enxergou no goleiro de 1,88m um nome pronto para assumir responsabilidades.
Segundo o goleiro, o primeiro contato foi discreto, como costuma ser no Morumbi, mas objetivo. Houve sondagem, conversa com representantes e até alinhamento interno sobre valores. O Tricolor queria acelerar a negociação.
Nos bastidores, pessoas próximas ao jogador relatam que o São Paulo via em Walter uma oportunidade de mercado: experiente, competitivo e com boa relação custo-benefício. O nome foi levado à comissão técnica e ao departamento de futebol, que autorizou a abertura de tratativas.

Walter goleiro do Mirassol durante partida contra o Palmeiras no estadio Jose Maria de Campos Maia pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Joisel Amaral/AGIF
O motivo da recusa: estabilidade, família e um plano já em andamento
Apesar do interesse, Walter optou por permanecer no Cuiabá. Ele conta que a decisão não foi simples, afinal, o São Paulo é um dos maiores clubes do país, mas havia um contexto pessoal e profissional que pesou mais do que o tamanho do Tricolor.
“O São Paulo procurou, sim. Foi em 2021, antes do Rafael chegar. Houve conversa, houve interesse, mas eu já tinha um plano de carreira no Cuiabá. Minha cabeça naquele momento era seguir ali até o fim da carreira”, revelou ao Ge.
Fontes próximas ao negócio dizem que, no fundo, não foi apenas uma questão de projeto esportivo. Havia também conforto familiar, ambiente consolidado e a sensação de segurança emocional, algo que o goleiro sempre valorizou. Walter nunca escondeu que a estabilidade lhe dizia mais do que qualquer vitrine.
O São Paulo, por sua vez, entendia a necessidade de acelerar a reposição para o gol e não poderia esperar muito tempo. As conversas esfriaram rapidamente, e o clube seguiu sua busca.
Como o negócio não avançou dentro do São Paulo
Internamente, a negociação com Walter não passou da fase preliminar. Pessoas envolvidas no processo relatam que o São Paulo chegou a discutir formalmente o nome do goleiro, mas não houve tempo hábil para desenvolver uma proposta oficial.

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O Tricolor tinha outras prioridades urgentes, e o ritmo mais lento do lado do Cuiabá, que queria manter Walter, acabou travando a evolução das tratativas. Com o recuo natural das conversas, a diretoria partiu para outras alternativas e encerrou o ciclo sem desgaste.








