Julio Casares e Olten Ayres apresentaram, nesta terça-feira, uma proposta de mudanças no Estatuto Social do São Paulo. O encontro ocorreu no Morumbis e reuniu aliados da atual gestão. O movimento acontece em meio a um momento de forte turbulência política no clube.

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O documento é assinado pelo presidente do São Paulo e pelo presidente do Conselho Deliberativo. Agora, a proposta será encaminhada oficialmente à Comissão Legislativa, responsável por avaliar o conteúdo antes de levá-lo adiante dentro da estrutura estatutária.
A iniciativa surge em um contexto de desgaste interno, após denúncias recentes nos bastidores do clube. A leitura interna é de que o tema precisava avançar, mesmo sabendo que deve gerar resistência entre conselheiros e sócios.
Pontos centrais da proposta
O texto apresentado traz duas mudanças consideradas profundas. A primeira delas é o fim do quórum qualificado para aprovar a criação de uma SAF no São Paulo. Atualmente, mais de dois terços dos votos são exigidos.
Com a alteração, o processo ficaria mais simples, reduzindo barreiras para que o clube discuta um eventual modelo de Sociedade Anônima do Futebol no futuro. A proposta não cria a SAF, mas facilita o caminho para o debate.

Luciano – Foto: São Paulo FC
O segundo ponto prevê a separação entre o futebol profissional e o clube social. A ideia é dar mais autonomia à gestão do futebol, algo que já ocorre em outros clubes do país e vem sendo defendido por parte da diretoria.
Trâmites e próximos passos
A Comissão Legislativa terá até 30 dias para analisar o documento. Após esse período, o texto poderá ser encaminhado ao Conselho Deliberativo, onde será colocado em votação entre os conselheiros do São Paulo.
Caso a proposta seja aprovada no Conselho, o tema ainda precisará passar por uma Assembleia Geral. Nessa etapa, os sócios do clube terão a palavra final sobre as mudanças sugeridas no Estatuto Social.

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A última reforma estatutária do São Paulo aconteceu em 2022, quando foi aprovada a possibilidade de reeleição presidencial. Agora, o clube se vê novamente diante de um debate estrutural que pode impactar diretamente seu futuro administrativo.








