O Tricolor retomou sua competitividade com a chegada do técnico Dorival Júnior, porém, ainda segue em busca de um patamar mais elevado, algo que sempre foi a marca do São Paulo. Na década de 90, o Clube estava muito à frente dos rivais, colecionando títulos e abrindo espaços singulares, como o que o tornou o único Tricampeão Mundial de Clubes.

Foto: Ale Cabral/AGIF
© Ale Cabral/AgifFoto: Ale Cabral/AGIF

Tal época entrou para a história e rendeu o apelido de Soberano para o São Paulo. Mas, o protagonismo Tricolor acabou esfarelando, com poucos títulos conquistados recentemente e administrações que desconfiguraram o que cravava o Clube como de vanguarda. Contudo, Marco Aurélio Cunha, ex-dirigente, colocou o dedo na ferida e abordou o que causou o declínio.

“O problema do futebol brasileiro é não saber ganhar. O Flamengo passa por isso. Tá vivendo 19 até hoje. É questão de gestão interna. O Palmeiras pode ser o próximo, o Corinthians teve um ciclo vitorioso também e acabou. O São Paulo achou que ninguém ia copiar ele e todo mundo copiou.”, iniciou Marco Aurélio, em entrevista ao podcast “Deu Zebra Cast”.

Cunha não deixou de falar de posturas equivocadas das gestões do São Paulo: “Os dirigentes do São Paulo achavam que tudo que acontecia lá iria dar certo. Começaram a liberar pessoas importantes, achando que a substituição seria natural. De funcionário e jogador. Aí, não dá certo a substituição, começa a atirar para todo lado e aí acabou. Acabou o projeto”, explicou.

Acredita que o São Paulo parou no tempo, como diz Marco Aurélio Cunha?\'

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O ex-dirigente do Morumbi, também acredita que o apelido de ‘Soberano’, foi um erro e atrapalhou: “A história do soberano atrapalhou muito. Isso surgiu do marketing, não sei exatamente de quem, o Casares era o responsável, mas não é dele a culpa, é de todos. Nós ficamos bem parados no tempo. Então, o São Paulo foi infeliz no negócio do “soberano”. Não pela palavra em si, mas é que não continuou soberano. Deveria ter progredido como soberano. E se assumir soberano gera uma responsabilidade desnecessária”, opinou.