POLÊMICA

Há quase três meses, o Santos anunciava a saída de Paulo Roberto Falcão do comando do departamento de futebol. Após contratações questionáveis no primeiro semestre, o dirigente de 69 anos pediu para deixar o Peixe após a divulgação de uma denúncia de importunação sexual por parte de uma funcionária do condomínio residencial onde mora, no litoral paulista. Em seu lugar, chegou Alexandre Gallo.

Foto: Raul Baretta/SFC – Falcão trabalhou de janeiro a início de agosto como coordenador de futebol do Santos
Foto: Raul Baretta/SFC – Falcão trabalhou de janeiro a início de agosto como coordenador de futebol do Santos

Desde então, o nome de Falcão esteve sumido dos noticiários. Nesta sexta-feira (20), a Justiça de São Paulo arquivou o inquérito que investigava o ex-coordenador do Peixe. O pedido veio por meio do Ministério Público Estadual (MPE-SP). De acordo com apuração do portal G1, não há indícios da ocorrência de ilícito penal de modo a justificar o prosseguimento do caso.

SENTENÇA

“Não sendo possível concluir que o investigado tenha praticado em face da vítima ato libidinoso, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia”, escreveu o juiz, na decisão. Ainda segundo ele, “nem todo contato físico pode ser interpretado como ato libidinoso”, justificou o juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos. O G1 teve acesso ao documento do magistrado.

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Apesar de concluir que não houve delito, o MP não tirou a credibilidade e o incômodo da suposta vítima. O juiz disse ainda que Falcão “foi inconveniente e certamente causou desconforto na vítima, situações essas que causaram por parte desta, a leitura do comportamento do investigado como sendo uma forma de assédio”.

Após o arquivamento do inquérito pela Justiça de SP, por falta de base para a denúncia, a Polícia poderá proceder a novas pesquisas. Vale reforçar que, pela lei, Falcão corria risco de ser condenado de um a cinco anos de prisão.

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