Quando a última temporada terminou, dificilmente um torcedor do Santos imaginaria que seu time iria correr risco de ser rebaixado no Campeonato Paulista deste ano. É a realidade atual. Isso ficou ainda mais evidente após a derrota no Clássico da Saudade do último sábado (4), quando o Palmeiras aplicou um 3 a 1, com gols de Murilo, Rony e Giovane. O Peixe descontou com Eduardo Bauermann.

Foto: Marcello Zambrana/AGIF – Odair Hellmann não vem conseguindo fazer o Santos pontuar no Paulistão
Foto: Marcello Zambrana/AGIF – Odair Hellmann não vem conseguindo fazer o Santos pontuar no Paulistão

Com isso, o Clube da Baixada Santista se mantém na lanterna no Grupo 1, e viu o Red Bull Bragantino e a Inter de Limeira, que venceram Guarani e Portuguesa, respectivamente, chegarem aos dez pontos e se afastarem do Leão do Mar. O Botafogo-SP se manteve com oito pontos, dois a mais que o Santos, após a derrota para o Corinthians no último domingo (5).

A fase é tão ruim, que no clássico o treinador Odair Hellmann acabou tomando uma decisão pra lá de conservadora, mesmo quando a equipe vinha perdendo de 3 a 0. O comandante santista decidiu tirar da partida o atacante Marcos Leonardo para colocar o zagueiro Maicon, mudando o esquema para 3-5-2. Após a partida, Hellmann explicou que a alteração foi necessária, já que o lateral Lucas Pires sentiu um problema e admitiu que o objetivo foi não levar uma goleada maior.

Foto: Raul Baretta/AGIF – Marcos Leonardo foi substituído no clássico

Foto: Raul Baretta/AGIF – Marcos Leonardo foi substituído no clássico

“O jogo estava 3 a 0 e o Lucas Pires não tinha mais condições de estar em campo. Tive de colocar ele para a frente e um atacante de lateral. Se não faz o movimento para preencher o espaço, você toma quatro, cinco, seis. Estava sem lateral esquerdo, com jogadores desgastados. Coloquei o terceiro zagueiro para estabilizar a situação e saber reconhecer o momento. Era momento de proteção para não levar mais gols”, afirmou Odair Hellmann.

A decisão do comandante foi alvo de muita polêmica nas redes sociais por parte da torcida do tricampeão da Copa Libertadores da América. Ainda assim, Hellmann disse que o momento pedia uma decisão drástica: “Nós temos que reconhecer que o momento não é bom, que a gente precisa correr mais que os outros, que em alguns momentos temos de marcar mais para dar um passo estabilizado e depois dar dois lá na frente”, finalizou.