O baralho não quis
Um dos torneios de maior sucesso nesta edição do BSOP Millions foi o “Meia Milha”. A disputa com “buy-in” de R$ 500 teve 2.614 entradas e o garantido de R$ 500 mil mais do que dobrou, superando a marca de R$ 1 milhão.
Ao término da competição, quem levantou o troféu de campeão foi João Pedro Campostrini, sendo que uma disputa quando ainda havia 5 competidores selou o destino final. Os envolvidos na mão eram o campeão e o profissional Eduardo Carvalho.
De acordo com um relato nas redes sociais, Carvalho afirmou que era o “chip leader” do torneio, ou seja, estava com a maior pilha de fichas. Estando no botão, ele fez um “raise” com AK do mesmo naipe e foi surpreendido por um “all-in” de Campostrini no “small-blind”.
Conhecido pelo nick “n00ki5” no online, ele pagou a aposta e viu que estava muito na frente, já que o adversário tinha AJ de naipes diferentes. “Pote de 60 milhões (em fichas) para ser CL (chip-leader) isolado. J no flop. Em 5 segundos o sonho foi embora”, escreveu.
A frustração por chegar tão perto
Acostumado com grandes disputas, Carvalho garantiu que estava satisfeito com o desempenho dele, mas não escondeu a frustração. “Você precisa saber lidar com esses momentos frustrantes e seguir, aceitando o processo”, escreveu.
O profissional é especialista em sessões de “cash-game”, mas passou a dedicar uma parte do tempo aos torneios presenciais. “Faz parte tomar ‘bad-beat’ e é preciso enxergar o copo meio cheio – para chegar na FT (final table) certamente eu precisei ganhar flips, coolers”, complementou.
Carvalho terminou o torneio em 4º lugar, recebendo R$ 45.000. Ele garantiu que para o próximo ano o plano de continuar disputando eventos presenciais será mantido. “Doí mais que no online a ‘bad beat’, mas é preciso continuar registrando”, escreveu.