Em 2023 um jogador de poker brasileiro comemora 15 anos como profissional do baralho. O momento de Felipe Mojave é emblemático, já que o esporte da mente ainda é algo muito novo no Brasil e sofreu com um preconceito extremamente grande. Através das redes sociais, o jogador que mora na Europa está produzindo uma série de postagens com fotos e textos do início dele no mais nobre dos jogos de baralho.

Felipe Mojave está produzindo uma série de postagens sobre o começo da carreira dele (Fotos: Reprodução instagram oficial Felipe Mojave @felipemojave)
Felipe Mojave está produzindo uma série de postagens sobre o começo da carreira dele (Fotos: Reprodução instagram oficial Felipe Mojave @felipemojave)

Segundo um dos primeiros textos, a intenção é fazer um “blog das antigas”, com fotos e textos. Posteriormente Mojave afirmou que vai gravar vídeos e quem sabe essas postagens não o inspire a escrever um livro, ou até mesmo uma série no estilo de documentário. “A ideia é comemorar e contar um pouco da minha trajetória, completando agora 15 anos de carreira”, escreveu o craque brasileiro.

Mojave revelou que aprendeu a jogar poker em 2002, o ano do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira. Segundo ele, quatro anos mais tarde já estava disputando grandes torneios presenciais, como o primórdio do BSOP, o Brasileirão de poker, mas foi em 2008 o marco zero da carreira profissional. “Minha primeira viagem internacional. Era provar para a família, amigos e a sociedade que eu não estava louco”, contou.

Uma das fotos mais divertidas dessa sequência de postagens do Mojave foi publicada nesta segunda-feira (2). A imagem mostra o jovem jogador em uma mesa redonda de feltro verde, as fichas sobre as cartas, o cinzeiro ao lado, um celular dos bem antigos e um dadinho peculiar. “Em decisões difíceis eu jogava o dadinho. A turma tremia e a ‘tell’ cantava”, contou o jogador dizendo que conseguia pegar informações dos adversários com esta atitude.

Antes de se profissionalizar no baralho, Mojave trabalhava em um banco internacional e havia sido o gerente mais jovem a ser contratado na empresa. Abandonar tudo e arriscar em algo totalmente novo foi arriscado, mas após mais de uma década provou ter sido assertivo. “Saber gerenciar riscos. É isso que eu ensino hoje. Em tudo há riscos, não adianta ter aversão”, revelou o jogador que ainda tem muita história para escrever.