Se você já jogou poker live em algum clube ou série no Brasil deve ter ouvido o verbo “ramirar”. A definição para essa ação é bem clara, diz respeito ao momento que um jogador acredita ter a melhor mão, mas isso não é verdade. O termo se popularizou através de Ramiro Araújo, um recreativo que possui excelentes resultados no currículo, mas que cometeu essa pequena falha e acabou caindo na boca do povo.
O ano era 2013, mesa final do Main Event do BSOP São Paulo. Restavam apenas seis jogadores, entre eles o fenômeno Pedro Padilha, ainda em começo de carreira e o hoje influenciador digital Fernando Macedo, conhecido nas redes sociais como Poker Depressão, mas o embate que ficou famoso foi entre Ramiro Araújo e Luis Carlos do Santos, de Cuiabá.
No botão Padilha aumentou a aposta e recebeu o call de Luis Carlos no small blind e de Ramiro no big blind. O flop da discórdia foi 5 de paus, 2 de ouros e 2 de paus. Primeiro a falar, o jogador do Mato Grosso saiu apostando alto e Ramiro colocoutodas as fichas no centro da mesa. Padilha decide pelo fold e Luis Carlos, com mais fichas resolveu pagar.
Na hora de apresentar as cartas Ramiro mostrou 3 de paus e 3 de ouros, enquanto Luis tinha 6 de paus de 8 de paus. No turn um 4 de paus formou um flush para o atleta de Cuiabá e restaram apenas 5 outs para Ramiro vencer no river. Uma Q de paus fechou a mão decisiva e deu a vitória para Luis Carlos, mas na cabeça de Ramiro isso não tinha acontecido.
“Flushei maior, é meu garoto”, disse Ramiro, para a surpresa de todos, já que ele tinha formado cinco cartas do mesmo naipe com um 3, e o adversário com o 8. O problema é que alguém diz naquele momento: “É verdade, tá maior mesmo”, ludibriando ainda mais o dono da “ramirada” que comemora bastante, mas quando percebe o erro fica desiludido.
Que tipo de alimentação você prefere quando está jogando poker?
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