O lendário Mike Sexton, falecido há pouco mais de um ano cunhou a celebre frase. “O nome do jogo é No-Limit Texas Hold´em , o jogo que leva um minuto para aprender, mas uma vida toda para dominar”. As técnicas para jogar poker bem são diversas e vivem em constantes modificações, afinal, estamos falando de um jogo muito mais de pessoas do que de cartas.
Saber o momento de blefar e angariar fichas quando não se tem o melhor jogo é crucial para uma longa sobrevivência em um torneio, por exemplo. Só assim é possível tornar a pilha de fichas saudável e avançar até as primeiras colocações, onde geralmente estão os maiores prêmios e o objetivo de todo jogador.
Um conceito básico para o momento do blefe é tratado com os blockers. Traduzido do inglês esse termo seria bloqueadores e se refere as cartas que impedem com que o adversário tenha o melhor jogo possível naquela rodada. Uma forma de exemplificar bem esse contexto é em um caso de flush-draw, uma pedida para uma combinação de cinco cartas do mesmo naipe.
Se o board apresentar por exemplo três cartas de copas e você possuri como carta individual o A de copas, está bloqueando o flush nuts, ou seja, o provável jogo mais forte. Nesse momento é possível blefar o adversário já que temos certeza que o melhor jogo naquela rodada não está com ele. Mas cuidado, para blefar é preciso saber contra quem está jogando, não adianta nada ter conhecimento de blockers se o adversário não vai foldar nada.
Os blockers podem ser usados pré-flop também para tentar definir as cartas do adversário. No Hold´em existe 1.326 combinações possíveis de mãos iniciais, sendo que há 16 para cada combos de cartas não pareadas. Um bom exemplo é quando recebemos AK, a chance do adversário ter um AA ou KK cai para 50%, isso porque as combinações dessas cartas caem de doze para seis.
