A manhã de natal foi movimentada nos bastidores do poker nacional. Isso porque o alemão Fedor Holz não se aguentou e foi até o twitter acusar dois brasileiros de “collusion” em uma mesa final valiosa de um torneio online. O termo em inglês diz respeito a quando um atleta toma decisões visando favorecer o outro. Segundo o menino prodígio europeu, os tupiniquins Rodrigo Seiji e Ricardo Selouan fizeram isso na mesa final do US$ 1.50 WPT no 888Poker.

Fedor Holz fez acusação grave sobre brasileiros (Foto: 888poker/BSOP)
Fedor Holz fez acusação grave sobre brasileiros (Foto: 888poker/BSOP)

Os dois jogadores do esquadrão canarinho pertencem a um grupo chamado “9tales”, que reúne potências nacionais do esporte da mente. A ação aconteceu no 5handed do torneio, com Seiji sendo o chipleader (27.3bbs). Do UTG com AJo ele abriu mini-raise e Selouan, logo à esquerda foi all in de 7.1bb com A9s. A polêmica aconteceu porque Seiji optou felo fold.

“Um spot bem claro de colusion Seijistar numa grande mesa final de 1K contra seu amigo Selouan. Eles fazem parte de um grupo de jogador High Stakes chamado “9Tales”. Trapacear é horrível. Eu acho que todo regular High Stakes que não trapaceia deveria trabalhar juntos para situações como essa serem divulgadas”, postou no Twitter Fedor Holz, dono de dois braceletes da WSOP e embaixador da GGPoker.

Seiji se defendeu através de uma nota postada no Mundo Poker. Disse que possui mais de 15 anos no esporte e quem o conhece sabe da integridade dele. O jogador também avaliou que errou na mão e deveria ter dado o call, mas que não se trata de uma jogada obvia e sim uma mão de poker normal. “Eu não acerto todas que jogo”, afirmou.

Mexeu com um, mexeu com todos

A comunidade brasileira do poker saiu em defesa da dupla. André Akkari postou nas redes socias que se fosse ele pagaria, mas que tinha certeza que não se tratava de um “collusion”, mas sim uma decisão técnica. O streamer Dan Almeida foi outro que produziu um longo vídeo sobre o assunto, dissecando toda a jogada e mostrando que na verdade a ação não é tão obvia quando parece.