Bastidores do caos para o goleirão

O Palmeirasconquistou seu Tricampeonato do Paulistão e o título veio junto com a retomada do bom rendimento do goleiro Weverton, que superou as críticas e foi importante com uma atuação segura na final contra o Santos.

Abel Ferreira e Weverton: A relação foi detalhada pelo goleiro – Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
© CESAR GRECOAbel Ferreira e Weverton: A relação foi detalhada pelo goleiro – Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

A retomada teve ajuda da esposa e familiares, como apontou recente matéria do Bolavip Brasil, mas dentro de campo, no dia a dia do trabalho na Academia de Futebol, o técnico Abel Ferreira foi essencial para que Weverton encontrasse a confiança de outrora.

Nesta quinta-feira (11), veio à tona uma entrevista reverberada no Globo Esporte, em que o defensor detalha mudanças orquestradas pelo treinador, bem como uma postura diferente nas conversas que indicaram o caminho para um novo cenário.

O comandante fez pedidos para que o jogador arriscasse novas habilidades, como, por exemplo, sair mais do gol. A nova postura gerou erros e críticas que foram aumentando, mas Abel sempre deu o respaldo, desde que começou a cobrar.

Pedidos e confiança do chefe

“Ele falou para mim: ‘Eu confio em ti e quero que você faça isso agora’, afirmou, fazendo uma referência após a onda de xingamentos e críticas que recebeu após a partida contra a Portuguesa e na derrota para o São Paulo na final da Supercopa.

Aliás, na coletiva após o duelo contra a Lusa, o próprio treinador assumiu que tinha relação com o problema do goleiro: “Culpado sou eu. Quando tentamos inovar e sermos melhores, há sempre um processo de aprendizagem. Ele fez exatamente o que eu pedi. Isso que eu quero que ele faça. Seja um goleiro que use a envergadura e altura que tem”, afirmou Abel, no Canindé, após a partida citada contra a Portuguesa.

Weverton, por sua vez, após o título do Paulistão, desabafou sobre como abraçou o risco proposto pelo ‘chefe’: “Eu óbvio que pensei que não era o momento de me expor mais, as coisas não estavam fluindo bem, mas eu não posso correr de desafio, sou moldado a isso. Sendo goleiro, a vida me faz ser mais resiliente, porque é uma posição de alto risco, você flerta com o risco durante todo o jogo”.

O camisa 21 finaliza confessando certa desconfiança, mas enaltecendo um lado não muito conhecido do treinador: “Isso só prova e mostra mais uma vez o Abel que poucas pessoas conhecem, o cara que consegue ver virtudes muitas vezes onde ninguém vê. Óbvio que nos primeiro dias as coisas não iam sair bem, como não saíram, mas com o decorrer do tempo, com muito treino e repetição as coisas começaram a andar. Eu pude dar minha contribuição e pudemos colher os frutos daquilo que plantamos após o momento ruim”.

O que diz a torcida do Verdão