Hora de recalcular a rota no Palestra

O Palmeiras sofreu uma dolorosa eliminação na Copa Libertadores diante do Botafogo, agora, a equipe treinada pelo técnico Abel Ferreira, volta toda sua atenção para o Brasileirão com a missão de cravar o título da competição e conquistar o seu tricampeonato consecutivo.

Gabigol agitou a movimentação no Palestra durante janela de transferência
© Thiago Ribeiro/AGIFGabigol agitou a movimentação no Palestra durante janela de transferência

Diversas análises foram feitas na fatídica quinta-feira (22) Alviverde, o comentarista Walter Casagrande, por exemplo, apontou o fim de ciclos no Palestra. Até dentro do elenco, foram feitos apontamentos sobre o resultado adverso diante da equipe carioca.

Como foi o caso de Weverton, que destacou a falta de um pouco mais de capricho no primeiro tempo da partida no Allianz Parque, como também a falta de sorte na etapa final do duelo.

A falta de capricho e sorte expostas pelo arqueiro palestrino podem estar relacionadas a um erro cometido pela direção do Clube no planejamento da temporada, afinal, muitas críticas se voltaram a problemas sobre o poder de fogo do Verdão.

O que o Gabigol tem a ver com isso?

Contudo, uma análise feita pelo jornalista Paulo Massini, durante programa na Bandsports, toca em uma ferida exposta por um erro de postura no mercado. De acordo com o experiente comunicador, a gestão de Leila Pereira perdeu tempo focado em Gabigol.

Sem a certeza de que o jogador do Flamengo poderia assinar de imediato, o Clube acabou deixando passar a oportunidade de contratar um tão esperado “camisa 9” para turbinar seu sistema ofensivo.

“Muitas lesões, muitas contusões e um erro absurdo de planejamento, que é botar fichas no Gabigol. Se o diagnóstico é que você precisa de um centroavante, ele tinha que estar jogando agora. Ok, Gabigol, você quer vir agora, vem. Não quer, obrigado, vamos contratar um centroavante. Um jogador que pudesse chegar. Que fosse um meia-atacante. Um outro reforço”, explicou Massini.

Manutenção exagerada e futuro preocupante

A manutenção do elenco feita pela comissão técnica, também foi um erro: “Quando os jogadores recebem propostas e o Palmeiras segura, alguns tiveram aumento, você leva a folha lá para cima. Aí você fica com uma disparidade de jogadores. Treze que você pode usar, e o resto são jovens. E a juventude pesou. O Vitor Reis é um zagueiro espetacular, mas não dá para tirar o erro individual do primeiro gol. Dentro disso o Murilo está mal, não consegue jogar, não está bem”.

“Dentro deste retrato, Leila, Barros e Abel têm que sentar na mesa qualquer dia desses para entender o que precisa ser feito. Não vai dar para competir nos próximos anos com Cruzeiro, Bahia, Botafogo, Fortaleza e mesmo com o Flamengo. Em termos de futebol brasileiro, é preciso que os clubes que não estão nestes modelos (SAF) compreendam o que está acontecendo”, finalizou.