Verdão no mercado da bola
O Palmeiras está focado na parte mais intensa da temporada com a preocupação voltada no mata-mata da Copa libertadores, bem como na necessidade de alavancar sua situação na tabela do Brasileirão Série A. No entanto, com a abertura da janela de transferências em julho, o Clube também está imerso na resolução de situações.
- Leila Pereira comenta reforços e renovação de Abel Ferreira
- Leila é reeleita no Palmeiras e faz 'pacto' com Abel por título
Além de estar na iminência de perder duas de suas joias: Estevão para o Chelsea-ING e Luis Guilherme para o West Ham-ING, a possível saída de Luan para o futebol mexicano agita os bastidores das Alamedas.
O zagueiro está bem próximo de um acerto com o América-MEX, mesmo com o Verdão exigindo que a multa rescisória seja contemplada, US$ 4 milhões (cerca de R$ 21 milhões na cotação atual). Contudo, a negociação pode adiantar bastante a dívida que o Clube tem com a Crefisa.
Receba primeiro as notícias do Palmeiras! Assine o canal do Verdão no WhatsApp
Como funciona a relação com a dívida?
É o que detalha o jornalista Henrique Toth, do portal Vamo Futebol. A explicação de Toth começa apontando que a dívida com a patrocinadora do Palmeiras caiu de R$ 20 milhões, para R$ 15,6 milhões, segundo balancete financeiro de abril divulgado pelo Clube.
A venda do zagueiro está de certa forma relacionada à dívida pelo fato de que Luan chegou ao Palestra em 2017 justamente pelo aporte feito pela Crefisa. Naquele período, a patrocinadora fez uma injeção financeira que trouxe diversos atletas, no caso do defensor, foram investidos R$ 10 milhões para sua contratação junto ao Vasco.
Ao todo, foram R$ 170 milhões, mas, a empresa de Leila Pereira teve problemas com a Receita Federal, que aplicou uma multa de R$ 30 milhões, pois foi documentada a tributação de forma errônea, colocando tais ativos como receita de marketing.
Veja também
Palmeiras vive início de Brasileirão com pior desempenho ofensivo em cinco anos
Como zagueiro pode ajudar?
Com as mudanças sobre como o Verdão deve pagar a empresa, que passaram a ser empréstimos, a dívida começou a ser quitada com a venda de jogadores, devolvendo o valor investido (com juros) caso um dos jogadores seja negociado. Se o valor da venda for menor que o investido, ou se o atleta deixar o clube ao fim do contrato, o Palmeiras paga o que deve em dois anos.
OK, mas como a negociação de Luan pode ajudar na dívia? Toth apresenta o seguinte exercício: “Ele custou R$ 10 milhões ao Palmeiras, que detém 60% dos direitos econômicos. A multa rescisória do zagueiro gira em torno de R$ 18,5 milhões a R$ 21 milhões. Vamos fazer um exercício de suposição. Se for negociado por R$ 20 milhões, o Verdão fica com R$ 12 milhões. Deste montante, como informa o Balanço Financeiro do cube, os R$ 10 milhões investidos (mais juros) devem ser transferidos à patrocinadora. Já seria quase o suficiente para zerar a dívida, que gira em torno dos R$ 15 milhões”, detalhou o jornalista.