Demandas Palestrinas

O Palmeiras vive um momento complicado na atual temporada, com uma intensa disputa no topo da tabela do Brasileirão Série A e com a Copa do Brasil e Copa Libertadores prestes a iniciar suas fases de mata-mata.

Piquerez é a preocupação palestrina mais complicada para a temporada
© Marcello Zambrana/AGIFPiquerez é a preocupação palestrina mais complicada para a temporada

Para dificultar os planos do Verdão, o Clube também tem peças importantes lesionadas, como os casos de Estêvão e Piquerez. O camisa 41, no entanto, deve retornar na próxima rodada, contra o Vitória-BA, já que avança em sua recuperação.

Mas, o lateral uruguaio está imerso em um problema mais sério. O jogador sofreu uma lesão no menisco, identificada logo na sequência da partida contra o Botafogo e o afastamento preocupa, já que não há um tempo definido para o retorno.

Contudo, nesta sexta-feira (26), o portal Nosso Palestra publicou uma análise detalhada de um especialista, que expôs os cenários sobre a recuperação. Neto Dourado, fisioterapeuta esportivo associado à SONAFE (Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física), deu exemplos indicando os fatores de uma lesão que é bem comum entre atletas.

Escolhas possíveis para resolver o problema

“Ela ocorre em uma das estruturas importantes do joelho, responsável por trazer estabilidade. Sua gravidade é relativa, dependendo do tratamento adotado (meniscectomia ou sutura), podendo durar de 6 até 12 semanas”, iniciou Dourado.

O exemplo do tenista Novak Djokovic serve como base. O atleta deixou de disputar Roland Garros por conta da mesma lesão de Piquerez, mas escolheu um tratamento diferente. Realizou uma meniscectomia e em um mês já estava de volta às quadras, disputando a final de Wimbledon.

O uruguaio partiu para um procedimento cirúrgico, fazendo a sutura. E a diferença foi explicada pelo especialista: “A sutura exige um período de reabilitação maior, porque precisamos limitar a administração e descarga de peso do membro operado por pelo menos 4 semanas. Essa imobilização e restrição de movimento causam efeitos deletérios, como atrofia e rigidez articular, o que dificulta um pouco mais a reabilitação e prognóstico”, relatou Neto.

Existe esperança para 2024, mas é difícil

Não há uma previsão de retorno para Piquerez, mas a tendência é que ele não atue mais em 2024. No entanto, o especialista ainda vê chances de uma volta até o final da atual temporada, embora seja algo difícil.

“É difícil afirmar o tempo de recuperação. No caso de uma sutura, a volta aos gramados costuma durar entre 8 e 12 semanas. Para que o jogador tenha um bom pós-operatório e consiga voltar rapidamente aos treinamentos, é essencial que ele siga a orientação da equipe de performance e saúde, sendo criterioso na reabilitação e estabelecendo metas, com um bom planejamento do tratamento”, finalizou Neto Dourado.