Gustavo Gómez virou sinônimo de constância no futebol mundial nos últimos anos. Um estudo do CIES colocou o zagueiro do Palmeiras no topo entre os jogadores de linha que mais estiveram em campo desde 2021, um feito que ajuda a dimensionar a regularidade do paraguaio quando comparado a atletas de ligas mais badaladas da Europa.
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Enquanto muitos nomes de destaque alternaram fases de descanso, lesões ou rodízio, Gómez manteve presença quase ininterrupta, acumulando 28.194 minutos em campo no período.
Para se ter uma ideia do tamanho desse número, o defensor palmeirense aparece logo atrás apenas de Bruno Fernandes quando o critério é quantidade de jogos, mas supera o português com folga no tempo efetivo de atuação. A comparação expõe um contraste interessante.
Gustavo Gomez jogador do Palmeiras durante partida contra o Fluminense no estadio Arena Allianz Parque pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Fernandes é peça central do Manchester United e atua em um calendário intenso, ainda assim Gómez permaneceu mais tempo dentro das quatro linhas, reflexo de uma rotina de decisões, finais e temporadas longas no futebol sul-americano.
No contexto brasileiro
O cenário fica ainda mais impressionante quando se observa o contexto brasileiro. Além de Gómez, outros dois atletas que atuam no país figuram entre os dez jogadores de linha mais utilizados no mundo nos últimos cinco anos.
Junior Alonso e Marlon Freitas aparecem nesse recorte e reforçam como o calendário nacional exige fisicamente de quem se mantém como titular absoluto. No caso de Alonso, o comparativo com o próprio Gómez ganha força, já que o zagueiro do Atlético Mineiro foi quem mais atuou apenas no último ano, superando a marca de seis mil minutos e ficando atrás somente de Vitinha em número de partidas disputadas.
E os goleiros?
Quando o olhar se amplia para incluir os goleiros, a supremacia brasileira se torna ainda mais evidente. Everson lidera o ranking geral de minutos desde 2021, superando inclusive jogadores de linha como Gómez. Weverton, companheiro de Palmeiras, e Fábio, do Fluminense, também aparecem à frente do paraguaio nesse recorte específico, o que ajuda a ilustrar a diferença de desgaste entre posições, mas também a longevidade e a confiança depositada nesses atletas.
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Mesmo assim, o dado mais simbólico segue sendo o de Gustavo Gómez entre os jogadores de linha. Em um futebol cada vez mais pautado por controle de carga e preservação física, o zagueiro do Palmeiras se aproxima mais de uma figura de resistência, comparável a atletas que raramente saem do time, como os grandes líderes de elenco da última década.
