O duelo entre Palmeiras e Athletico-PR tem dado o que falar. O duelo que terminou em empate por 2 a 2, no último domingo (2), pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, ficou marcado pelas duras do auxiliar João Martins após a arbitragem não expulsar o zagueiro Zé Ivaldo, do Furacão, que acertou uma cotovelada em Endrick logo no início da partida. João Martins insinuou que havia interferência do sistema na atuação da arbitragem. Situação gerou mal estar entre CBF e Palmeiras.

Foto: Reprodução Youtube CBF TV
Foto: Reprodução Youtube CBF TV

De acordo com Wilson Seneme, Zé Ivaldo, zagueiro do Furacão, agrediu o atacante Endrick, do Palmeiras e deveria ter sido expulso. O chefe do Comitê de Arbitragem da CBF indicou que o arbitro estava mal posicionado. “A gente vê o Jean Pierre aqui a uma distância muito longa da jogada. Espera-se que, para ações profundas na área de meta, o árbitro tenha uma aproximação maior, para que possa ver em detalhes. Quando a gente toma uma distância tão grande como essa (que Jean Pierre tomou no lance), tendo inclusive um jogador à frente dele, que pode bloquear o ângulo de visão, torna-se bastante difícil poder analisar essa jogada em tempo real.”, avaliou.

Seneme explicou que conduta de defensor do Athletico-PR estava desassociada da disputa da bola. “Nós vemos que o jogador defensor do Athletico-PR abandona a disputa pela bola. A bola está aqui e ele tenta bloquear a ação do atacante do Palmeiras, indo totalmente e diretamente no corpo, abandonando a disputa de bola. A partir desse momento, nós devemos avaliar esse tipo de contato, se é normal de jogo, faltoso ou, eventualmente, se pode se tornar conduta violenta, porque a ação desse defensor está desassociada da disputa que ele teria pela bola.”.


O chefe do Comitê de Arbitragem da CBF destacou que Zé Ivaldo deveria ter sido expulso. “Como está desassociada, a regra é muito clara em relação a isso: não estando o cotovelo e o braço associados à disputa de bola, com o jogador indo de encontro ao adversário diretamente no rosto ou na cabeça, passa-se a interpretar como ação de conduta violenta. Como não seria conduta violenta? Se o braço não tivesse força suficiente. Mas nós vemos que o jogador do Athletico põe o cotovelo e o braço flexionados, joga o movimento adicional contra a cabeça do atacante do Palmeiras. Para nós, deveria, sim, ter sido considerada uma ação de cartão vermelho”.

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Após a falha cometida por Jean Pierre de Lima no duelo entre Palmeiras e Athletico-PR, Seneme decidiu afastar o arbitro provisoriamente. “Vamos conversar com Jean e ele vai entrar para o Programa de Assistência ao Desempenho da Arbitragem. Passará por um período de análise para trabalhar esses conceitos do que é uma ação de conduta violenta”, explicou Seneme.