Aníbal Moreno vive altos e baixos no Palmeiras
Aníbal Moreno tem sido um dos nomes mais constantes do Palmeiras na era Abel Ferreira. Desde que chegou, o volante argentino se consolidou como peça-chave na engrenagem alviverde, unindo intensidade na marcação, boa saída de bola e leitura de jogo. Em diversas rodadas do Brasileirão e nas fases iniciais de competições eliminatórias, Moreno foi destaque pela regularidade e pela forma como protegeu a defesa palmeirense.
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No entanto, a sequência recente de decisões mostrou uma face diferente do argentino. Nas finais do Campeonato Paulista e, especialmente, nos confrontos da Copa do Brasil contra o Corinthians, Aníbal teve atuações abaixo do esperado. O meio-campista não conseguiu manter o mesmo ritmo de controle e imposição que o caracterizam, perdendo duelos importantes e falhando em momentos cruciais que acabaram sendo determinantes para o avanço do rival.
A queda de desempenho não passou despercebida pela comissão técnica. Abel Ferreira, que sempre exaltou a entrega e o profissionalismo de Moreno, chegou a cobrar mais atenção nos passes e maior concentração sem bola. Em jogos de mata-mata, o treinador costuma reforçar a importância de equilíbrio emocional, e o argentino parece ter sentido o peso dessas partidas decisivas.
Anibal mais uma vez foi mal em Palmeiras x Flamengo
No último domingo, diante do Flamengo, pelo Brasileirão, o roteiro se repetiu. O Palmeiras perdeu por 3 a 1 no Maracanã e novamente Moreno teve uma noite abaixo da média. O volante errou passes simples e foi diretamente envolvido no terceiro gol rubro-negro, quando perdeu a bola que originou o tento de Pedro. O erro, somado à atuação discreta, reforçou o contraste entre o bom momento técnico do jogador e sua dificuldade em jogos de alta pressão.
Aníbal Moreno projetou duelo entre São Paulo x Palmeiras – Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Comparando as estatísticas, a diferença é clara. Em jogos comuns do campeonato, Aníbal costuma apresentar índices de acerto de passe superiores a 90% e vencer a maioria das disputas de bola no meio-campo. Já nas partidas decisivas citadas, os números despencam — mais perdas de posse, menos interceptações e menor presença ofensiva.
Falhas de Aníbal Moreno ligam alerta no Palmeiras
A oscilação preocupa porque o Palmeiras tem em Moreno um dos pilares da transição defensiva, função essencial no modelo de Abel. Quando o argentino não está em seu melhor dia, a equipe perde equilíbrio, e os adversários aproveitam o espaço deixado entre as linhas.
Ainda assim, o volante mantém a confiança da comissão técnica e do elenco. Aos 25 anos, Aníbal Moreno tem potencial para recuperar o protagonismo que o fez brilhar em diversas rodadas. Mas o desafio agora é psicológico: provar que também pode ser decisivo quando o jogo pesa, e não apenas nas partidas de rotina do calendário.
