Derrota pesada e desabafo de Abel Ferreira
Na última quarta-feira (6), o Palmeiras recebeu o Corinthians no Allianz Parque e amargou uma eliminação pesada diante de seu maior rival nas oitavas de final da Copa Betano do Brasil. Irreconhecível e bastante nervosa, a equipe palestrina não conseguiu reverter a derrota da partida na Neo Química Arena e ainda perdeu por 2 a 0 em sua casa.
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A derrota inevitavelmente caiu na conta de Aníbal Moreno, culpado pela implosão do time ao ser expulso ainda no início do primeiro tempo, fato que notavelmente prejudicou o esquema tático e estratégias de Abel Ferreira para buscar a vitória.
Se Aníbal foi o culpado, o grande criticado da noite foi Abel Ferreira, que recebeu uma avalanche de vaias e sonoros xingamentos por parte da torcida Alviverde. Nas redes sociais, muitos pediram a demissão de Abel.
O treinador não escondeu os impactos da revolta da torcida e, no banco de reservas, aplaudiu as manifestações, deixando no ar um tom de ironia, ou, quem sabe, até mesmo o reconhecimento de que passa por um momento turbulento. A dúvida sobre o motivo da postura inusitada, foi respondida pelo próprio treinador em sua entrevista coletiva.
Aplausos aos xingos foi ironia do treinador do Palmeiras?
“Registrei, ouvi e em momento algum ironizei. Sempre pedi apoio, é o que espero mesmo em momentos difíceis. Perdemos um jogo contra um rival, pouco ou nada ganhou. E agora cabe a nós família palmeirense, não era, mas aprendi a ser. Tenho sentimentos e emoções e realmente pedi apoio aos nossos torcedores. Em momento nenhum ironizei”, destacou o treinador.
Abel em ação no duelo contra o Corinthians no Allianz – Foto: Marcello Zambrana/AGIF
“Mas entendi perfeitamente a cobrança. Agora cabe a nós ir atrás de continuar a ditar fogo na fogueira, clube que há 10 ou 15 anos estava sem rumo, desorganizado, com dívidas”, completou. Perguntado sobre se a pesada derrota e vaias influenciam em sua renovação, foi sucinto: “Sinceramente, não é a altura certa para pensar nessa última parte (sobre o futuro), o que é o melhor para o Palmeiras, não é o momento certo”.
O mental do elenco desmoronou? Abel responde
Abel chamou atenção ao comentar sobre o mental da equipe, uma de suas marcas: “Acho que estamos a fazer uma análise muito em cima do momento, mas entendo as críticas que nos passam agora. Se nos lembrarmos que antes do jogo do Flamengo estávamos em primeiro no campeonato, em primeiro na Libertadores, fomos à final do Paulista, tínhamos ganho três ou quatro Paulistas seguidos. Saídas e entradas, vendas, mais de 20 jogadores. E sempre fomos conseguindo organizar a equipe”.
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“Agora, quando se fala em cima de um Dérbi, eu disse aos jogadores, a fogueira está aí a arder. Acredito que muita gente queira continuar a colocar lenha na fogueira, mas vamos continuar fazendo o que sempre fizemos, não altero uma vírgula do que disse. É uma equipe jovem, mas com maturidade também, tem muito potencial e nosso intuito é tirar esse potencial”, finalizou.
