O Palmeiras não teve a presença de Abel Ferreira na beira do gramado durante a vitória por 1 a 0 sobre o Santos, neste domingo (29), na Vila Belmiro. O técnico cumpria suspensão automática após levar o terceiro cartão amarelo na partida contra o Juventude e foi substituído pelo auxiliar João Martins que, apesar de ter assumido o comando, admitiu que todas as tomadas de decisão da partida vem de Abel, que já trabalha determinadas situações antes de sua ausência no campo.

Marcello Zambrana/AGIF. Abel Ferreira prepara a equipe antes de suas ausências em campo
Marcello Zambrana/AGIF. Abel Ferreira prepara a equipe antes de suas ausências em campo

Vou ser sincero, já fiz alguns jogos em Portugal, na Grécia, mas no Brasil é a primeira vez que separam as duas coisas, porque eu não faço nada sem o Abel dar o aval, nada mesmo. Eu estou lá para fazer o que eu faria, mas à nível de substituições, troca, o que acontece no jogo, eu só coloco em campo todas as orientações que vêm da parte dele“, explicou Martinsem entrevista coletiva concedida após o jogo.

Na véspera desse jogos que ele não está presente, temos que trabalhar um pouco mais para nada dar errado, desde a equipe ficar com dez, jogar contra dez, perder um zagueiro, precisar de um centroavante, perder e ter que arriscar, ganhar e segurar resultado. Fica tudo planilhado e vem tudo da cabeça dele, e nada da minha“,acrescentou.

Falando sobre técnica, o auxiliar admitiu que faltou objetividade no primeiro templo e explicou como a falha foi corrigida. “No intervalo, fizemos a reflexão e entendemos que faltava verticalidade e objetividade no jogo. Tínhamos a bola por ter, por isso tivemos mais posse que o Santos. Faltou mais jogadores na área, cruzar mais, mais movimentos para a frente, correr mais riscos e não ter a posse só pela posse“, destacou.

A ‘virada de chave’ para o ataquedo Palmeiras, antes criticado por optar porjogosdefensivos, mostra uma proposta mais ofensiva dentro do esquema de Abel e foi um determinante para que o Verdão fizesse o gol que levou o time à liderança do Brasileiro.”Entendemos que tínhamos que ter mais rendimentos nas ações(…) Na primeira parte tivemos a posse pela posse, na segunda assumimos mais o risco, diminuímos o tempo da ação com a bola, porque jogamos para fazer o máximo de gols possíveis, mas não ter ações de 20, 30 segundos, que no fim esprememos e não tivemos chutes ao gol, cruzamentos“, concluiu João Martins. Abel Ferreira retoma o posto de comandante contra o Atlético-MG,próximo domingo (5), às 16h, no Allianz Parque.