Em uma entrevista publicada ao UOL Esporte nesta quinta-feira (05), Jorge Jesus disse que gostaria de voltar ao Flamengo e colocou como data-limite o dia 20 de maio. Além disso, o técnico português cutucou o trabalho de Abel Ferreira, especialmente no início de sua trajetória no Palmeiras, classificando-o como “retranqueiro”, assim como vários setores da imprensa brasileira.
E valendo da premissa “tudo que vai, volta”, o empresário de Abel e também de Paulo Sousa, hoje técnico do Flamengo, reclamou da postura antiética do “Mister”. Em nota à imprensa, Hugo Cajuda não poupou críticas a Jesus e cutucou sua postura, especialmente de sair do Flamengo após renovar contrato para assumir o Benfica, onde acabou não conquistando nenhum título.
Hugo afirmou que Jorge Jesus tem”largo histórico”em episódios caracterizados por “falta de ética, respeito e profissionalismo”, mas que o”vergonhoso episódio”o fez subir patamares. No título de seu comunicado à imprensa, o representante assumiu o título de”A (falta de) vergonha sai à rua”, esquentando ainda mais o clima.
Confira a nota na íntegra:
“A (falta de) vergonha sai à rua
Sem surpresa assistimos a mais um momento deplorável, de alguém que só estando perturbado e desesperado pode revelar tamanha falta de ética, falta de respeito e falta de profissionalismo. Apesar do seu largo histórico, a referida pessoa consegue subir muitos patamares em mais um episódio vergonhoso.
Esta é a continuidade do “eu” sempre a sobrepor-se ao “nós”, do uso da pandemia, um tema tão grave, para justificar desastres, como o que aconteceu no Benfica, ou como justificativa para abandonar oFlamengopoucos dias após renovar e num momento delicado para o clube. As explicações e as desculpas deveriam ser dadas aos benfiquistas por terem visto ser gastos 150 milhões de euros para conquistarem zero títulos.
Foto: Thiago Ribeiro/AGIF – Jorge Jesus recebeu críticas ferrenhas de Hugo Cajudo, empresário de Abel e também de Paulo Sousa
A referida pessoa revela total ausência de sentimentos para com a instituiçãoFlamengo, ao contrário do que apregoa, porque a tentativa de desestabilizar um clube “amigo” desta forma é inaceitável.
É um ataque nunca antes visto a colegas de profissão e compatriotas, mas mais do que isso, é um ataque à classe dos treinadores profissionais de futebol, um ataque à ética e à dignidade.
Agradecemos os muitos contatos de treinadores e outros profissionais do mundo do futebol, em especial dos que trabalham no Brasil e que nos têm procurado para manifestar o seu total repúdio para com esta situação com a qual não concordam.
Deveria ser uma obrigação pessoas com esta notoriedade terem comportamentos exemplares, passando mensagens positivas ao mundo, em vez daquilo a que estamos a assistir.
Hugo Cajuda.”