O jornalista Mauro Beting é um assumido palmeirense. O amor pelo clube de coração fez com que ele se apaixonasse também pelo futebol, fazendo seguir a carreira no jornalismo esportivo, também por influência de seu pai, Joelmir. Aos 56 anos, Mauro já viu o Verdão passar por muitos momentos, seja os vitoriosos ou aqueles um pouco mais decepcionantes.

Foto: Reprodução/SBT – Mauro Beting é um dos jornalistas esportivos mais respeitados do país
Foto: Reprodução/SBT – Mauro Beting é um dos jornalistas esportivos mais respeitados do país

Em entrevista exclusiva ao jornalista do Bolavip Brasil, Alexsander Vieira, em evento comemorativo dos sete anos de atividade da Rivalo no Brasil, ocorrido no último domingo (9), o jornalista lembrou de algumas dessas ocasiões. O jogo mais emocionante, por exemplo, é inesquecível para ele: “12 de junho de 1993, Palmeiras 4 a 0 no Corinthians, Dia da Paixão Palmeirense e meu primeiro documentário”

Porém, houveram dias que doeram mais para Mauro. Alguns desses jogos ficaram marcados, um deles bem recentemente. Ele se lembrou da partida entre Palmeiras e River Plate, pela semifinal da Libertadores de 2020, em que estava comentando pelo SBT. Ele acha que foi a única vez na história da TV que o narrador chega para o comentarista e diz “você está bem?” e ele responde que não. Segundo ele, o desespero era tanto que se até hoje ele assiste esse jogo no Youtube, ainda acha que o River Plate vai se classificar.

Apesar disso, houveram dois jogos do Palmeiras que ainda foram mais doloridos. Ambos, clássicos regionais: “O primeiro não valia muito. Quem vencesse iria para a semifinal do primeiro turno do Campeonato Paulista de 1977. O São Paulo venceu por 3 a 1, em um sábado. Chorei muito. Porém o que mais me doeu foi em 30 de janeiro de 1980, válido pela semifinal do Paulistão de 1979, o presidente do Corinthians, Vicente Matheus enrolou. Gol de canela do Biro-Biro, Corinthians classificado contra o Palmeiras que ganhou os três turnos e nem para a final foi. Coisas do regulamento”, lamentou.

Foto: Helio Suenaga/Getty Images – Para Mauro Beting, Marcos é o maior ídolo da história do Palmeiras.

Foto: Helio Suenaga/Getty Images – Para Mauro Beting, Marcos é o maior ídolo da história do Palmeiras.

O clube paulista também é repleto de ídolos em sua história: Evair, Luis Pereira, Edmundo, César Maluco, Djalma Santos, Leivinha e muitos outros. Porém, para Beting o maior não é um jogador de linha: “Para mim o Marcos. O Ademir da Guia é divino, então não vale. Lá em casa tem um quadro que contém a mensagem: ‘nesta casa não se fala mal do Marcão e do Felipão’. Eu coloquei agora um Post-It do Abel também, o que não significa dizer que eu trabalhando não possa falar mal. Eu falo sim, ou eventualmente não falo tão bem”; explicou.

Saindo do passado, e chegando ao presente, há um jogador que vem encantando não só os palmeirenses, mas como todos os amantes de futebol. Trata-se de Endrick. Mauro também se inclui nessa: “É o maior jogador que atuou na base do Palmeiras. Se vai ser mais do que isso, não sabemos. (…) Ele não tem nem 20 anos e já é um cracaço internacional. Eu nunca vi alguém tão precoce de cabeça. Fico impressionado conversando com ele como ele sabe de futebol, é um fenômeno. O único risco é lesão, e acho que nem isso porque ele é muito forte, muito ágil, muito técnico e muito abusado. (…) Esse não tem erro, só acerto.”, finalizou.