O Palmeiras quer aproveitar essa semana livre de jogos para aperfeiçoar os treinamentos no dia a dia e conseguir beliscar mais uma vitória pelo Campeonato Brasileiro, justamente visando disparar ainda mais na liderança. O próximo adversário será o Fluminense, no Maracanã, no sábado (27), às 19h, que terá menos descanso, já que pega o Corinthians pela Copa do Brasil.

Foto: Daniel Vorley/AGIF – Sandro foi sincero sobre o assunto.
Foto: Daniel Vorley/AGIF – Sandro foi sincero sobre o assunto.

De qualquer forma, se o foco dos jogadores e comissão técnica estão 100% dentro de campo, a diretoria ainda não engoliu o que foi feito pela arbitragem na partida diante do Flamengo, especialmente no lance envolvendo Gustavo Gómez e Vidal. O chileno, durante um lance dentro da área, jogou o corpo no zagueiro palmeirense, causando pedidos de pênalti.

Em sua coluna no Globo Esporte, Sandro Meira Ricci fez algumas análises sobre o ocorrido. Confira abaixo:

“A CBF divulgou o áudio da checagem da disputa entre Vidal e Gustavo Gómezno final do jogo entre Palmeiras e Flamengo pela última rodada do Brasileirão. No áudio,fica claro que o juiz Ramon Abatti permitiu o reinício do jogoantes da conclusão da checagem pelo VAR Pablo Ramon.

O VAR verbalizou dentro da cabine (mas não para o árbitro) sua primeira conclusão do lance: “Não. Nada! Proteção!” No entanto, continuou checando o lance e não se comunicou com o árbitro de campo, como se estivesse inseguro sobre sua conclusão ao rever a imagem em câmera lenta.

Foto: Ettore Chiereguini/AGIF – Ramon Abatti vem sendo muito criticado.

Foto: Ettore Chiereguini/AGIF – Ramon Abatti vem sendo muito criticado.

O AVAR, Flávio Barroca, mesmo ciente que a checagem não tinha sido concluída, informou ao VAR que o jogo estava para reiniciar, mas em nenhum momento se comunicou com o juiz para que não permitisse esse reinício, conforme prevê o protocolo e a instrução que recebe.

Abatti então perguntou ao VAR se podia jogar, ou seja, se podia autorizar a cobrança do tiro de meta peloFlamengo. O VAR novamente silenciou porque continuava focado na checagem. Dizemos que o VAR, nesse momento, entra no túnel. É um erro comum para quem já atuou como VAR. Você fica tão concentrado em checar e fazer a correta interpretação do lance que não percebe nada do que está acontecendo ao seu redor. É o AVAR que neste momento deve atuar e se comunicar com o árbitro de campo.

Aí o juiz, mesmo sem ter recebido a informação de que a checagem estava concluída, permitiu o reinício antes de aguardar a resposta do VAR e completa: “Agora já foi”, ou seja, não adiantava mais checar o lance porque o jogo já tinha sido reiniciado.

Erro grave de procedimento da arbitragem. Do VAR e do AVAR que têm obrigação de avisar ao juiz quando um lance está sendo checado, e quando essa checagem foi concluída. E do árbitro, que permitiu a cobrança antes de receber o aviso da cabine.

Erros assim acontecem, mas ajudam a minar a arbitragem e a fortalecer as teorias da conspiração, o que é ruim para a arbitragem e para o futebol. Para mim, não houve pênalti e a arbitragem teve mais sorte do que juízo.