Depois do susto da colisão entre Max Verstappen e Lewis Hamilton no GP da Itália, nesse domingo (12), mesmo quem critica a introdução do halo na Fórmula 1 há de reconhecer, assim como o fez o próprio piloto britânico, que o dispositivo foi fundamental para assegurar mais uma vida na corrida automobilística.

A colisão entre Verstappen e Hamilton no GP da Itália. (Foto: Getty Images)
A colisão entre Verstappen e Hamilton no GP da Itália. (Foto: Getty Images)

     

     

     

    O halo é feito de titânio, com o intuito de suportar impactos de até 12 toneladas, e foi uma das ações tomadas na categoria em  2018, em prol de mais segurança para os pilotos, depois do trágico acidente que causou a morte de Jules Bianchi, no ano de 2014.

     


    O mecanismo, que foi inserido na F1 em 2018, já foi bastante criticado por pilotos e fãs, por seu aspecto visual, além do espaço ocupado: o cockpit. No entanto, não fosse sua introdução, de lá para cá, talvez tivéssemos vistos acidentes com desfechos mais trágicos, visto que o halo consegue proteger os pilotos em situações de menor ao maior grau, como foi o acidente de Romain Grosjean no GP do Bahrein. Abaixo, cinco casos em que o halo foi fundamental para a segurança dos condutores:

     

     

     

    GP da Bélgica (2018)

     

     

    No ano de estreia, o halo foi fundamental na etapa de Spa-Francorchamps, já que a McLaren de Fernando Alonso foi por sobre a Sauber de Charles Leclerc, depois de o espanhol ter sido atingido por Nico Hulkenberg, na traseira, na largada. Na ocasião, o halo repeliu o impacto do próprio carro do rival e um dos pneus do bicampeão, impedindo que atingissem o rosto de Leclerc.

     

     

     

     

     

     

     

    GP do Canadá (2019)

     

     

     

    Mesmo sendo uma situação menos trágica, digamos, se comparada aos demais exemplos, o halo conteve no carro de Romain Grosjean uma parte do bico da STR de Alexander Albon, que acabou sendo tocado Kimi Raikkonen na disputa por posição na largada, no Circuito de Montreal. O fragmento ficou preso no vão do halo, e só foi removido pelo próprio piloto francês, com a mão.

     

     

     

     

     

     

    GP da Toscana (2020)

     

     

     

    A primeira relargada da prova no Circuito de Mugello, na Itália, ficou marcada por uma confusão: Carlos Sainz acabou acertando a Alfa Romeo de Antonio Giovanizzi por trás, de modo que a última subiu sobre a McLaren até ser bloqueada pelo aparato (o halo) do espanhol. É outra situação em que um piloto foi protegido de um forte impacto, afinal, na batida, um pedaço que acabou se espalhando na pista passou próximo ao capacete de Sainz, mas ao bater no halo, não o atingiu.

     

     

     

     

    GP do Bahrein (2020)

     

     

     

    Num outro momento em que o piloto francês ‘topou’ com o halo, a situação foi mais crítica. Para quem não se lembra, em 2020, no GP do Bahrein, logo após a largada, Romain Grojean sofreu uma batida brusca no guard rail. Não fosse o halo, ele poderia ter tido um choque ainda pior. Entretanto, para sua segurança, o halo conteve o impacto de seu carro com barreira metálica, de forma que a empurrou para frente e acabou freando o carro. Com isso, ele foi poupado de algo pior que as queimaduras que sofreu em suas mãos.

     

     

     

     

     

     


    GP da da Emilia-Romagna (2021)

     

     

    A última situação a ser lembrada é a colisão entre Valtteri Bottas e George Russell, que o substitui na Mercedes em 2022. Não fosse o halo, o resultado poderia ter sido pior. O choque começou com o piloto britânico, quando o bico de seu carro pegou o rival na lateral, durante disputa pela nona colocação. Quando se colidiram, o pneu dianteiro esquerdo de Russell se afrouxou, numa velocidade de 50 km/h, e acabou espremendo o lado direito do rival filandês, que foi salvo pelo halo. Tamanho foi o impacto no halo, que Russell acabou sendo impulsionado para o lado oposto de Bottas e ambos rodaram na pista e bateram.