Série documental é narrada sob a perspectiva de ex-chefão da F1, Bernie Ecclestone

Polêmico, controlador e sempre em evidência. Este foi o retrato de Bernie Ecclestone em muitos anos como dirigente e cara da Fórmula 1, entre as décadas de 1970 e 2010. Na série “Lucky”, o inglês dá um longo depoimento de como participou de grandes mudanças e tragédias na categoria mais popular do automobilismo mundial.

Bernie Ecclestone protagoniza série "Lucky", revivendo e narrando momentos históricos e polêmicos da F1  (Foto: Mike Cooper /Allsport)
© Getty ImagesBernie Ecclestone protagoniza série "Lucky", revivendo e narrando momentos históricos e polêmicos da F1 (Foto: Mike Cooper /Allsport)

Bernie era apenas um chefe de equipe quando resolveu se meter na vida política da F1. O inglês foi alçado à fama pelo trabalho na Brabham e por representar as demandas das equipes junto à FIA, entidade que regula o esporte. Graças a ele e aos demais membros da FOCA, que surgiu para profissionalizar os direitos comerciais da F1, a categoria deslanchou como o ápice do automobilismo.

Em episódios repletos de imagens históricas e declarações sinceras de Bernie, “Lucky” se transforma em uma releitura de bastidor da história da F1 moderna. Assista à série documental no Star+ e no Disney+. Assine já para conhecer essa e outras viagens ao núcleo do esporte.

Bernie: um homem controverso

Aos 93 anos, Ecclestone viveu intensamente os anos que pavimentaram a F1 como uma atração imperdível para os fãs de esporte a motor. Estando dentro da estrutura e fazendo parte da evolução e modernização da categoria, o dirigente viu de tudo e também protagonizou episódios de grande repercussão.

Além de recontar todos os anos que esteve no circo, incluindo acidentes fatais, greves, títulos memoráveis e outros eventos marcantes, Bernie não deixou de dar sua opinião sincera. Mesmo que isso representasse mais manchas à sua já prejudicada imagem pública.

Condenado em 2014 por suborno e corrupção envolvendo um contrato de venda dos direitos da F1 à empresa CVC, Bernie evitou sua prisão ao fazer um acordo multimilionário com a Receita da Alemanha. 

Na série, o inglês admite ter cometido os crimes e comemora de maneira cínica o fato de ter pago 100 milhões de dólares para passar impune do episódio. O presidente do banco Bayern Landesbank, que recebeu o suborno de Ecclestone, cumpriu mais de cinco anos de prisão por corrupção.

Persona non-grata com a família Senna

Outro ponto de suma importância que Bernie reconta na série é a morte de Ayrton Senna, em Imola, durante a temporada 1994. Uma falha de comunicação com a equipe médica fez com que o dirigente informasse erroneamente à família do brasileiro que ele havia morrido em pista.

Ayrton, no entanto, ainda estava clinicamente vivo e viria a falecer horas depois, num hospital em Bolonha. Por conta desse ruído, Bernie veio ao Brasil para o velório de Senna, mas não compareceu ao evento para evitar maior desgaste na relação com os familiares do tricampeão mundial. 

Esses e outros episódios constrangedores marcaram as últimas duas décadas de Bernie à frente da F1. O chefão, contudo, concentrou tanto poder e influência que jamais esteve realmente ameaçado em sua posição, mesmo tendo protagonizado múltiplos escândalos.

Relembre o legado e as discórdias que marcaram a história da Fórmula 1 e de Bernie Ecclestone na série “Lucky”, disponível no Star+ e no Disney+. Assine já e confira diversos outros documentários esportivos na tela da sua TV, smartphone ou tablet.