A atuação irretocável de Max Verstappen na vitória do GP da Hungria fez a Mercedes se render ao desempenho do holandês da Red Bull. Para Toto Wolff, chefe da equipe, o bicampeão da Fórmula 1 atua como se o restante do grid fosse de outra categoria inferior, como da Fórmula 2.

Verstappen na ponta do GP da Hungria
© Getty ImagesVerstappen na ponta do GP da Hungria

“É uma meritocracia”, começou Wolff à Sky Sports F1. “Vamos lutar para voltar a vencer corridas e campeonatos, mas hoje vocês viram o ritmo que Max tinha. É onde eles estão. Parece um grid de carros de Fórmula 2 contra um carro de Fórmula 1. Eles fizeram o melhor trabalho. Dentro do regulamento, eles fizeram o melhor”, admite o mandatário da Mercedes.

Em Hungaroring, Verstappen ultrapassou Lewis Hamilton na largada e não seria mais incomodado para alcançar a sua sétima vitória consecutiva na temporada, a nona em 2023. Ele terminou com uma vantagem de 34s para Lando Norris, da McLaren, o 2º na etapa. O triunfo garantiu um novo recorde para a Red Bull: a 12ª vitória seguida na F1, superando o recorde histórico da McLaren MP4/4 de 1988, pilotada por Ayrton Senna e Alain Prost.

Desempenho da Mercedes

Após a pole de Hamilton no último sábado (22), a Mercedes frustrou as expectativas após o 4º lugar do heptacampeão, que não conseguiu acompanhar o ritmo de Norris e Sergio Pérez, 3º na Hungria. “[…] Acho que tínhamos o segundo carro mais rápido hoje se você olhar nos tempos de volta e de onde George veio. Mas não monetizamos em cima disso”, declarou Wolff.

Quanto à Lewis, Toto acredita que o cuidado com os pneus pode ter custado uma melhor performance do inglês. “A largada certamente teve seu papel, mas isso pode acontecer. Talvez tenhamos sido cuidadosos demais com os pneus. Acho que baixamos 15s [para Pérez] e, no final, ainda ficamos a 1s9, e a uns 4s de Lando. Acho que ritmo tínhamos para isso”, completa.