O Ceará, que entrou na última rodada correndo o risco de entrar na zona do rebaixamento, conseguiu uma importante vitória diante do Fluminense, por 1 a 0, na Arena Castelão e agora começa a pensar em classificação para próxima edição da Copa Sul-Americana. Para voltar a vencer no torneio nacional, Tiago Nunes fez algumas modificações em sua equipe. E em entrevista coletiva nesta sexta-feira (5), o comandante explicou as modificações que fez no time e o padrão que adotou para o elenco para o restante da temporada.
“A nossa plataforma é 4-1-3-2, jogamos assim. Isso é uma figura geométrica inicial, dentro das movimentações, o que eu busco é que a gente tenha superioridade no meio-campo e jogadores de profundidade. A ideia é que o Vina seja um segundo atacante, que venha flutuar no meio-campo e também tem velocidade para ser o cara de profundidade e finaliza bem, deixar ele próximo do atacante tem sido uma ideia inicial. Encontrar essa linha de três entre profundidade com jogadores de características de jogar por dentro, pelo lado, que não seja fixos, prefiro uma lógica do jogador não estando no espaço, mas chegando ao espaço. É a lógica que busco construir com nosso grupo. É uma ideia embrionária, porque estamos falando de 60 dias de trabalho, foram bastante jogos, mesmo conhecendo a característica do jogador, a convivência mostra outros fatores e outras situações, é embrionário, mas estou satisfeito com o que eles estão fazendo. Defensivamente a plataforma é outra, temos mudado para um 4-4-2″, afirmou o comandante que explicou porque vem utilizando Mendoza no ataque.
“Éum jogador que dá profundidade no campo e ataca a última linha, é um jogador de velocidade, sempre tento combinar aquela máxima do arco e da flecha. Não adianta ter jogadores de armação e não ter jogadores de velocidade. As combinações em comandos de ataque, quanto em jogadores de fora do campo para dentro, tem que ter características complementares. Tivemos diversas escalações no meu comando e sempre nessa busca por jogadores que se complementem mais. Gosto de reiterar que não sou fã de repetir time, nunca fui. Se pegar todos os trabalhos que fiz, dificilmente você vai ver algum lugar que eu tenha repetido três vezes a mesma escalação. É muito raro. Primeiro por questões obvias do calendário, segundo por questões estratégicas“, pontou o treinador, que por fim falou das opções que tem na zaga. Na ocasião,Gabriel Lacerda, Messias e Luiz Otávio disputam duas vagas.
“O Lacerda tem um potencial enorme, é um atleta que tem capacidade de jogar no mais alto nível, ser titular no Ceará e tem esse upgrade, que é um zagueiro que tem gols e isso tem que ser valorizado, porque faz diferença. Mas é também um atleta que está ganhando maturidade, experiência, rodagem, está numa disputa sadia com o Messias e Luiz Otávio, que são jogadores mais físicos, de imposição física, de imposição de bola aérea também e temos enfrentado adversários com preenchimento de área muito forte. Contra o Bahia nós pegamos um time com Gilberto, agora enfrentamos o Fred, Abel, caras com presença de área forte, então a ideia é ter jogadores mais físicos naquela região de campo“, concluiu.
O Ceará volta a campo no próximo domingo (7), para encarar o Cuiabá, na Arena Castelão, em jogo válido pela 30ª rodada do Brasileirão. O Vozão é o 13º colcoado do torneio nacional com 36 pontos ganhos até aqui.
