A rede Globo foi condenada a pagar uma idenização de R$300 mil para Alisson Carlos Araújo Silva, filho do cinegrafista Ari Júnior, uma das vítimas do acidente da queda do avião da Chapecoense que matou 71 pessoas – em grande parte jogadores. O acidente aconteceu, em 28 de novembro de 2016. Ari trabalhou na emissora durante quase 20 anos e era um dos contratados que estavam no voo.
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O filho do cinegrafista entrou com o processo na Justiça porque a emissora não cumpriu um acordo de indenização, celebrado entre os herdeiros do profissional com a Globo em maio de 2017. Na ocasião do pagamento para Alisson Araújo, a empresa havia descontado exatos R$ 196,124,53 relativos ao Imposto de Renda o que é comum em grandes quantias.
O caso foi julgado pela 28ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Na sentença, o juiz Erick Scarpin Brandão concordou que foi quebrada o princípio de boa-fé por parte da Globo, que não pagou o valor integral do combinado. E condenou a emissora a pagar um valor de indenização atualizado, de R$ 302.075,42, além de juros de 1% ao mês e pagará as custas processuais e os honorários dos advogados de Alisson Araújo.
“O Instrumento Particular de Transação estabelece o valor a ser pago na Cláusula 3.1, sem qualquer menção a eventual incidência de tributo, o que ensejaria a redução do montante a ser recebido, levando à crença do beneficiário de que receberia, na integralidade, a quantia expressa no contrato”, afirmou a sentença.
Ari Júnior
Ari Júnior começou a carreira na década de 1990, trabalhou na TV Anhanguera, retransmissora da Globo na capital de Goiás. Em 1997, Ari foi para a emissora em São Paulo e, em 2012, foi convidado a trabalhar na Globo Rio.
Em abril de 2015, ele fazia parte da comitiva que estava no Nepal quando houve um terremoto que matou milhares de pessoas. As imagens feitas pelo cinegrafista rodaram o mundo. Ele ainda cobriu quatro Copas do Mundo e dois Jogos Olímpicos.Quando morreu no acidente da Chapecoense, em Medellín, na Colômbia, ele integrava a equipe do programa Planeta Extremo (2016).