Fim de ciclo

Gustavo de Conti, o Gustavinho, deixou o cargo de técnico da Seleção Brasileira masculina de basquete. O anúncio ocorreu pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) na última quarta-feira (17).

Gustavo de Conti não é mais técnico da Seleção masculina. Foto: Kelly Defina/Getty Images
© Getty ImagesGustavo de Conti não é mais técnico da Seleção masculina. Foto: Kelly Defina/Getty Images

De acordo com o comunicado da entidade, a decisão se baseou em “comum acordo” entre as partes. Além do treinador, Diego Jeleilate se despediu do cargo de diretor técnico das seleções masculinas. Victor Mansure, gerente de seleções, vai ser o substituto.

Gustavinho ocupou o cargo por dois anos e meio. Ele seria o primeiro técnico brasileiro na função desde 2008. O seu substituto ainda não foi anunciado pela Confederação. Especula-se um retorno do croata Aleksandar Petrovic, que comandou à Seleção entre 2017 e 2021.

A menos de 100 dias dos Jogos Olímpicos de Paris, o Brasil ainda luta por uma vaga na competição de basquete masculino. Em julho, o time verde-amarelo disputa a sua última chance no Pré-Olimpico de Riga, capital da Letônia.

Retrospecto de Conti

Depois da ausência nos Jogos de Tóquio, de Conti assumiu o cargo e levou o Brasil ao vice-campeonato na Copa América 2022, sediada em Recife.

Na Copa do Mundo 2023, a Seleção esteve perto da vaga olímpica parando na segunda fase da competição, atrás de Canadá, Letônia e Espanha. A vitória canadense sobre os espanhóis na última rodada impediu uma vaga ao Brasil.

Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, o time brasileiro conquistou apenas a medalha de bronze.

Desde então, Gustavinho não treinou a equipe nos dois jogos contra o Paraguai nas Eliminatórias da Copa América, em fevereiro. Na época, ele pediu dispensa para ficar com o filho recém-nascido. Helinho Garcia, treinador do Sesi Franca, e assistente-técnico da Seleção, comandou o time.

Possível motivo da saída

De acordo com o colunista Demétrio Vecchioli, do UOL, de Conti saiu do cargo após se recusar a dispensar um de seus assistentes, Vitor Galvani. A ordem teria sido dada por Marcelo Pará, um dos dirigentes do CBB.

Vecchioli também informa que havia problemas de relacionamento entre o técnico e alguns jogadores da Seleção. O fato de não conseguir a vaga aos Jogos no Mundial também causou uma frustração na CBB, bem como em Gustavinho.