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Análise: Com altos e baixos, Seleção redobra aposta nos veteranos em retorno de Bernardinho

Após o fim da primeira semana da Liga das Nações de vôlei masculino, Bernardinho indica preferência em nomes de confiança na montagem da Seleção, caso de Lucão, de 38 anos

Queda de ritmo e pouca variação entre ponteiros

A primeira etapa da Liga das Nações de vôlei masculino terminou com um gosto amargo para a Seleção Brasileira. De virada, o time de Bernardinho perdeu para a Itália no tie-break marcado por um erro de arbitragem diante de sua torcida no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

Bernardinho voltou à Seleção após oito anos
© Getty ImagesBernardinho voltou à Seleção após oito anos

Oscilando dentro de quadra, o Brasil completou a semana com duas vitórias (Argentina em cinco sets e Sérvia em quatro sets) e duas derrotas (Cuba em quatro sets e Itália em cinco sets), redobrando a aposta em seus veteranos e com problemas a corrigir visando os Jogos Olímpicos de Paris.

No retorno de Bernardinho após oito anos, chamou a atenção os altos e baixos da Seleção dentro dos jogos. Desde a derrota contra Cuba na estreia, o time verde-amarelo mostrou apagões, erros bobos e uma queda na intensidade durante os sets, o que causou os tie-breaks contra Argentina e Itália.

Mesmo assim, houve poucas novidades dentro dos jogos. Novatos, o ponteiro Lukas Bergmann, de 20 anos, não entrou em quadra, enquanto o ponteiro Arthur Bento, de 19, fez apenas uma participação pontual contra a Sérvia. Fica a dúvida se os dois serão testados nas próximas etapas da Liga das Nações.

Já Honorato, ponteiro de ofício e que cavou o seu espaço na Seleção na Era Renan Dal Zotto, virou um líbero reserva. Para Bernardinho, Honorato seria um coringa para os Jogos de Paris, visto que Maique, reserva de Thales, está oficialmente descartado. Porém, o camisa 8 também sequer entrou em quadra.

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Em contrapartida, Bernardinho deu chance a Maurício Borges, 35 anos, que ganhou uma vaga entre os titulares contra os sérvios, mesmo caso de Adriano, de 22 anos, diante da Argentina. A dupla, que apresentou bom desempenho, aparenta ser a favorita como os reservas imediatos de Leal (35) e Lucarelli (32).

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Central: posição gerou discussão

Se existiu poucas mexidas entre os ponteiros, não se pode dizer o mesmo para os centrais. Exceção, Flávio (31) é um nome certo no sexteto titular. Já Lucão, de 38 anos, apresentou atuações abaixo da crítica diante de Cuba e mostrou reação contra Itália, com quatro pontos de bloqueio.

O veterano, homem de confiança de Bernardinho, está na frente na disputa com os outros dois centrais: Isac (33) e Judson (20). Curiosamente, os dois anotaram 11 pontos quando titulares – Isac contra Argentina e Judson diante da Sérvia. Com uma diferença: Judson fez quatro pontos de bloqueio, um dos fundamentos mais problemáticos da Seleção ao longo da primeira semana.

Apesar disso, Lucão saiu como o titular diante da Itália. Nem Isac, nem Judson, ganharam uma chance entrando no decorrer das partidas. Atesta que Bernardinho já tem o time previamente formado, independente do desempenho. É provável que Isac e Judson lutem pela última vaga entre os centrais para Paris.

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Boas notícias: Leal em forma, Cachopa titular e Darlan ‘estourando’

Como boas notícias, está o fim das dúvidas sobre a condição física do ponteiro Leal, que perdeu o Pré-Olímpico do ano passado por lesão no joelho. Em quadra, ele mostrou boa regularidade e terminou como o maior pontuador brasileiro contra Cuba (19 pontos) e Itália (17 pontos).

Entre os levantadores, Bruninho, de 37 anos, começou jogando nos dois primeiros jogos, reforçando a escolha pelos mais experientes. Contra Sérvia, porém, Cachopa ganhou a vaga de maneira merecida e se manteve diante da Itália. Vice-campeão italiano pelo Monza, o levantador já vinha sendo o titular da posição com Renan.

Confirmado em Paris por Bernardinho, o oposto Darlan, de 21 anos, levantou a torcida com saques potentes e ataques indefensáveis, sendo uma das bolas de segurança, com destaque contra os sérvios (22 pontos). O ponteiro Lucarelli, titular absoluto, elevou o seu nível em momentos cruciais, como na virada diante da Argentina. Em meio a dúvidas, os dois são duas certezas do Brasil para Paris.

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