Não passará batido
Abel Braga se envolveu em um polêmica no seu retorno ao Internacional, após uma declaração preconceituosa durante coletiva de imprensa. Diante do ocorrido, o coletivo ‘Canarinhos LGBT’ vai acionar o treinador ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

- Barcellos planeja conversa com Borré para reduzir salário em 2026
- Barcellos pode sofrer impeachment no Inter
A medida é uma reação a declaração homofóbica do treinador, onde ele associou a cor rosa à homossexualidade e afirmou que parecia um ‘time de veado’. O ‘Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+’ já havia denunciado o comandante à justiça desportiva.
A intenção dos grupos é impedir que nomes influentes do futebol nacional propagem discursos discriminatórios sem que sofram sanções reais. Abel se manifestou através das redes sociais após o ocorrido.
É necessário mais que texto pronto
O treinador fez uma espécie de retratação, mas para o fundador do Canarinhos, Onã Rudá, o pedido de desculpas não foi uma tentativa de solucionar o problema, mas sim, uma forma de conter a crise após a repercussão.
“Se não tivesse repercussão, ele não ia pedir desculpa nenhuma. É como se a violência com a nossa comunidade fosse algo que devesse passar batido, ser aliviado. Não pode. Espero mesmo que haja punições, e punições severas. Desculpas não resolvem”, destacou ao UOL Esportes.
Mudança do cenário
O historiador e doutor em antropologia pela Universidade de São Paulo (USP), Mauricio Rodrigues, aponta que a própria justificativa utilizada pelo profissional de que ‘gênero não é cor, é caráter’, acaba sendo ainda mais problemática.

Veja também
Vampeta não fica em cima do muro e crava rebaixamento do Internacional no Brasileirão
O especialista expõe que o posicionamento sugere que a existência LGBT estaria ligada a um comportamento inadequado. “Ele reafirma o pensamento homofóbico, que não é especificamente do Abel Braga, é do universo do futebol em geral. O problema não é na cor em si, mas é a conduta”.








