Bastidores quentes
O Grêmio
trava uma batalha muito grande contra a CBF para ter a paralisação dos jogos do Brasileirão. Não há nenhuma previsão de quando e como o Clube conseguirá voltar a normalidade.
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- Em despedida de Fábio Santos, Inter bate Corinthians por 2 a 1
O foco é salvar vidas, tentar reerguer o estado após uma grande tragédia que afetou praticamente toda a população. 14 clubes são favoráveis a paralisação e estão ao lado do Tricolor.
Flamengo, São Paulo e Palmeiras ainda resistem, mas a pressão está muito grande e o trio, ao que parece, está perdendo força. Assim, a suspensão do Brasileirão pode acontecer a qualquer momento.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, teve um novo posicionamento durante entrevista para o portal Globo Esporte. Ele reiterou que a decisão é dos clubes, mas fez alerta para o calendário.
Abre aspas
“Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir”, afirmou.
“Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos”, disse.
“Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário [aos clubes] porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes”, completou o presidente.
Ednaldo continuou falando com o GE sobre o assunto e explicando sua visão sobre o campeonato em meio aos pedidos dos clubes.
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“Quando a gente constrói uma competição, a gente reúne o Conselho Técnico e ali se decide início, término, quem ascende e quem rebaixa. A CBF tem a prerrogativa de fazer o adiamento [de jogos]. Porém, uma paralisação atinge por completo toda a cadeia produtiva do futebol. E aí é interessante que a CBF não tenha uma decisão monocrática, mas sim democrática. Nós sempre temos feito assim”, revelou.
Por fim, o presidente da CBF já discorda de colocar Grêmio, Inter e Juventude com imunidade para o trio não ser rebaixado, ideia que foi levantada por alguns jornalistas nos últimos dias.
“Essa teoria eu não concordo. De imediato eu rechaço. Quando se faz uma competição, se obedece leis e princípios”, foi direto o mandatário, que continuou falando:
“E as competições têm interdependência umas com as outras. Quatro clubes sobem de divisão, quatro são rebaixados. Quem tem o bônus também tem que ter o ônus. Não se pode dizer ‘[um time] não vai ser rebaixado’ se [o mesmo time] puder ser campeão. Fere os princípios da moralidade”, finalizou.