Sede ficou às escuras
A segunda-feira começou com mais um episódio dramático no Sport, que vive um dos períodos mais turbulentos de sua história recente. Um dia após a derrota por 3 a 1 para o Vitória pela Série A do Brasileirão Betano, a sede social do clube teve a energia cortada por falta de pagamento. Funcionários chegaram para trabalhar e encontraram setores totalmente paralisados.

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O corte, realizado pela Neoenergia, expôs de forma ainda mais clara o cenário de instabilidade financeira que domina o Sport em 2025. Relatos indicam que colaboradores iniciaram o expediente “no escuro”, impedidos de realizar tarefas básicas devido à interrupção no fornecimento. A situação provocou apreensão e alimentou a sensação de colapso administrativo.
A reportagem apurou que essa é apenas mais uma consequência de uma crise que se arrasta há meses. Contas acumuladas, salários atrasados e dificuldades estruturais transformaram a rotina rubro-negra em uma sequência de imprevistos e emergências internas. O clube, mais uma vez, precisou correr contra o relógio para tentar contornar o problema.
Direção tenta reverter situação
Em nota oficial, o Sport confirmou o corte e informou que já tomou medidas para resolver a pendência com a concessionária. “O Sport Club do Recife informa que já firmou acordo com a Neoenergia para o restabelecimento do serviço, e a concessionária iniciou de imediato o processo de religação”, disse o comunicado divulgado pela diretoria.

PE – RECIFE – 06/04/2025 – BRASILEIRO A 2025, SPORT X PALMEIRAS – Logo do Brasileirao antes da partida entre Sport e Palmeiras na Ilha do Retiro em Recife (PE), pelo campeonato brasileiro A 2025. Foto: Marlon Costa/AGIF
Mesmo com a reativação prevista, o episódio reforçou a desorganização que tem marcado o clube em 2025. Internamente, a avaliação é de que a crise extracampos está interferindo diretamente no desempenho esportivo e na estrutura do dia a dia. Funcionários relatam clima pesado e incerteza sobre o futuro próximo.
A diretoria tenta reorganizar o fluxo de caixa para evitar novos cortes ou paralisações operacionais, mas admite dificuldades pela falta de receitas no momento mais crítico da temporada. O plano traçado pelos gestores prevê ajustes emergenciais e medidas para garantir o pagamento de obrigações mínimas até o fim do ano.

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Promessa de regularização em dezembro
Com salários atrasados e grande parte das contas em aberto, o Sport vive um cenário de caos financeiro que já não é possível esconder. A promessa da diretoria é iniciar a regularização dos pagamentos a partir de dezembro, apostando na entrada de receitas previstas para o período. A esperança é estancar a crise e restaurar alguma estabilidade.
Até lá, porém, a rotina interna segue profundamente afetada. O corte de energia foi encarado por muitos como um símbolo da fase delicadíssima que o clube atravessa. Entre dirigentes e funcionários, a expectativa é que novos desdobramentos possam surgir se a situação não for controlada rapidamente na Ilha do Retiro.








