O SAF do Galo

Com a oficialização da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no Atlético Mineiro, a nova administração já está em processo de implementação de seu modelo de gestão. Nesta terça-feira (7), conselheiros da SAF se reunirão oficialmente para discutir o conselho e ajustes necessários para dar início aos trabalhos.

Hulk jogador do Atletico-MG comemora seu gol durante partida contra o America-MG no estadio Mineirao pelo campeonato Mineiro 2023. Fernando Moreno/AGIF
© Fernando MorenoHulk jogador do Atletico-MG comemora seu gol durante partida contra o America-MG no estadio Mineirao pelo campeonato Mineiro 2023. Fernando Moreno/AGIF

Esse marco representa uma importante mudança na estrutura do clube e tem como foco a profissionalização da gestão esportiva. A transição para SAF e a aquisição das ações da Galo Holding, que detém 75% das ações da sociedade anônima, seguiram todos os procedimentos legais e regulamentações das entidades competentes.

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A Galo Holding é composta por membros proeminentes, incluindo a Família Menin, Ricardo Guimarães e fundos de investimento. O patrimônio do Atlético foi avaliado em 2,1 bilhões de reais, evidenciando a magnitude desse movimento.

No entanto, a transformação de um clube em SAF não está isenta de desafios e problemas potenciais. Primeiramente, a transição pode gerar resistência entre os torcedores e membros tradicionalistas que veem com preocupação a mudança da estrutura do clube para um modelo mais empresarial. Além disso, a SAF do Atlético assumirá a responsabilidade pelo pagamento integral das dívidas da Associação, o que pode representar um ônus financeiro significativo, especialmente se o clube estiver endividado.

Querem ter apoio

Outro desafio está na gestão da expectativa dos torcedores em relação aos resultados esportivos. A mudança para um modelo mais empresarial coloca uma pressão adicional para que o clube tenha sucesso no campo, e a gestão da equipe de futebol se torna ainda mais crucial para garantir a satisfação dos torcedores e acionistas.

Rafael Menin, Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador: grupo conhecido como 4 Rs seguirá definindo rumos do SAF do  Atlético. Pedro Souza/Atlético

Rafael Menin, Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador: grupo conhecido como 4 Rs seguirá definindo rumos do SAF do Atlético. Pedro Souza/Atlético

Por fim, a profissionalização da gestão esportiva em uma SAF também pode trazer questões relacionadas à autonomia e controle do clube. Os investidores e acionistas podem influenciar diretamente nas decisões do clube, o que pode gerar debates sobre o equilíbrio entre interesses financeiros e a identidade e cultura do Atlético Mineiro.

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Em resumo, a transição para uma SAF representa uma mudança significativa na estrutura e gestão de um clube de futebol, trazendo desafios como resistência tradicionalista, questões financeiras, pressão por resultados esportivos e debates sobre a autonomia do clube. A maneira como esses desafios são gerenciados será fundamental para o sucesso a longo prazo da nova gestão do Atlético Mineiro.

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