O Brasileirão da temporada de 2026 pode marcar um novo recorde: até seis clubes podem atuar em estádios com gramado sintético. Atualmente, Palmeiras (Allianz Parque), Botafogo (Nilton Santos) e Atlético-MG (Arena MRV) já utilizam o piso artificial.

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A tendência é que o número cresça com a possível volta de Athletico-PR (Ligga Arena) e Chapecoense (Arena Condá) à Série A. Além disso, o Vasco pode mandar alguns jogos no Nilton Santos durante as reformas em São Januário, o que elevaria para 30% o total de mandantes com esse tipo de gramado.
O tema voltou a gerar debate após o Flamengo enviar, na segunda-feira (10), uma proposta oficial à CBF pedindo a proibição dos gramados sintéticos no futebol nacional.
No documento, o clube argumenta que o uso do piso artificial cria desigualdade financeira entre as equipes, já que o custo de manutenção é menor, e também coloca em risco a integridade física dos atletas.

Vista Totem Brasileirao no estadio Arena MRV para partida entre Atletico-MG e Cruzeiro pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Gilson Lobo/AGIF
Flamengo e Corinthians vão contra
Depois do Flamengo oficializar uma proposta à CBF pedindo o fim do piso artificial nos torneios nacionais, o presidente do Corinthians, Osmar Stábile, também se posicionou contra o modelo.
Em evento de lançamento do Campeonato Paulista de 2026, realizado na última terça-feira (11), o dirigente afirmou que o gramado sintético “não é bom para os atletas” e defendeu que todos os clubes atuem apenas em campos naturais.
“Conversando com os jogadores, fica claro que eles não se sentem confortáveis jogando nesse tipo de piso”, disse Stábile, em entrevista à TNT Sports. “Nós não gostamos de grama sintética, os atletas não gostam de grama sintética, então o Corinthians apoia o posicionamento do Flamengo.” Com isso, o clube paulista se junta à corrente que pressiona a CBF por uma revisão nas regras que permitem o uso do material artificial nos estádios.

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A polêmica, no entanto, esbarra em questões que vão além da saúde dos atletas. Segundo a ESPN, a manifestação do Flamengo foi interpretada nos bastidores do Palmeiras como uma nova provocação vinda do rival carioca, com quem mantém uma relação desgastada nos últimos meses.
O embate reflete a tensão entre dois dos clubes mais influentes do país, especialmente após os recentes atritos entre Luiz Eduardo Baptista, o BAP, dirigente do Flamengo, e Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que sequer se cumprimentaram durante o encontro dos semifinalistas da Libertadores, no Paraguai.








