A partir de 2026, a Copa do Brasil passará por uma transformação significativa definida pela CBF. A criação da final única é apenas a face mais visível de um torneio que terá mais clubes, mais fases e uma nova lógica de participação, especialmente para os times da Série A.

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Copa do Brasil mais longa e com mais clubes
O número de participantes aumentará de 92 para 126. Todos os 20 clubes da Série A já terão vaga garantida, sem depender de estaduais ou classificação para a Libertadores. Isso representa uma mudança importante: clubes grandes, mesmo em crise, não correm mais risco de ficar fora.
A competição terá nove fases, ocupando 14 datas do calendário. As quatro primeiras serão disputadas em jogo único, com times de menor ranking. Já os clubes da Série A entram apenas na quinta fase, quando os confrontos passam a ser em ida e volta e já às portas das oitavas de final.
A final será em jogo único, em local a ser definido pela CBF a cada temporada.
Critérios de classificação
- 20 vagas fixas para a Série A
- 4 vagas para campeões regionais e nacionais: Copa do Nordeste, Copa Verde, Série C e Série D
- 102 vagas via estaduais, distribuídas conforme o ranking de federações (de 3 a 6 vagas por estado)
O ranking de clubes também terá peso: os 28 piores entram já na primeira fase, enquanto outros 74 começam na segunda. Ao todo, serão 155 partidas disputadas.

Vista geral do estadio Mineirao para partida entre Cruzeiro e Atletico-MG pelo campeonato Copa Do Brasil 2025. Foto: Gilson Lobo/AGIF
Brasileirão antecipado: efeitos práticos
Com a ampliação da Copa do Brasil, a CBF também mexeu no Brasileirão: a partir de 2026, a Série A começará em 28 de janeiro, dois meses antes do que era habitual no passado.
Essa mudança tem reflexos diretos:
- Pré-temporada mais curta: os clubes terão menos tempo para rodar reservas nos estaduais. O início da Série A exigirá titulares em campo desde cedo.
- Mercado de transferências: contratações de impacto que antes chegavam no meio do ano precisarão ser antecipadas. Quem quiser começar forte precisará montar o elenco até fevereiro.
- Impacto financeiro: os direitos de TV, principal fonte de receita dos clubes, passarão a pingar no caixa já no início da temporada, e não apenas a partir de março ou abril. Isso pode aliviar pressões financeiras logo nos primeiros meses.
- Definição de treinadores: não haverá mais espaço para longas interinidades. Com jogos decisivos desde janeiro, os clubes terão de iniciar a temporada já com um técnico definido.
- Conflito de calendário: o Brasileirão vai se sobrepor à disputa de estaduais e à fase preliminar da Libertadores, exigindo escolhas estratégicas de dirigentes e técnicos.
Um novo desenho para a temporada
As mudanças redesenham o calendário nacional. A Copa do Brasil fica mais inchada, mas ao mesmo tempo mais seletiva para os grandes clubes. Já o Brasileirão, começando em janeiro, exige planejamento imediato de elenco, treinador e finanças.

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