Até aqui, o Palmeiras faz uma janela de transferências “modesta” na virada para a temporada 2021. Abel Ferreira só recebeu de novidade o meio-campista Danilo Barbosa, emprestado pelo Nice, da França, até dezembro. Os dois trabalharam juntos nos tempos de Sporting Braga (POR) e o jogador chegou com alta expectativa do técnico luso.

Foto: Twitter Oficial/@EduardAtuesta
Foto: Twitter Oficial/@EduardAtuesta

Em entrevistas recentes, o próprio Abel admitiu que quer mais um centroavante para fazer “sombra” a Luiz Adriano. Nomes como Borré, do River Plate, Taty Castellanos, do New York City, Enzo Copetti, do Racing, e Sebastián Pereira, do Libertad, foram estudados, mas nenhum acordo aconteceu.

Há também a situação de Eduard Atuesta, do Los Angeles, dos EUA, em andamento. O próprio Edu Dracena, coordenador técnico do Palmeiras, confirmou o interesse no meio-campista colombiano de 23 anos, porém a negociação não é fácil. Os norte-americanos estão pedindo US$ 4 milhões (mais de R$ 22,5 milhões na cotação atual) para vender o jogador.

Atuesta tem habilidade de atuar como camisa 10 em campo (Foto: Twitter Oficial/@EduardAtuesta)

Atuesta tem habilidade de atuar como camisa 10 em campo (Foto: Twitter Oficial/@EduardAtuesta)

O Palmeiras considera o valor alto demais, principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar. Mas muitos palmeirenses se perguntam: há a necessidade de contratar mais um volante? Mas afinal, Atuesta joga em que posição no campo?

Como o colega Joza Novalis, especialista em futebol da América Latina,informou há alguns dias, Atuesta é o típico “camisa 8” no LAFC. Tem liberdade para carregar a bola, até porque é habilidoso com a pelota e bate com ambas as pernas. É preciso nos lançamentos, seja na bola longa ou mesmo no passe em profundidade, nas costas da defesa adversária.

Só que, em entrevistas passadas já como jogador do LAFCo próprio Atuesta admitiu que atuou por muito tempo como meia de criação na base. Será que é um sinal de que Abel pode insistir em sua contratação?

“Eu joguei como camisa 10 quando era mais novo. Como um camisa 10 tradicional, sem nenhuma responsabilidade de defender. Eu atacava, dava assistência e jogava bem próximo a área”, analisou o colombiano.

De acordo com o próprio jogador, recuar foi uma estratégia que o fez ler melhor o jogo tático, algo bem trabalhado pelo atual técnico do Palmeiras. “Eu tinha a possibilidade de ver o campo inteiro em vez de jogar de costas para o gol. Isso me fez pegar a bola diagonal e encontrar os atacantes. Podia tocar no camisa 10 e deixá-lo livre para criar. Realmente gostei e foi aí que começou (atuar de volante)”, completou o meia.

Hoje Abel tem Raphael Veiga, Lucas Lima e Gustavo Scarpa como opções de meias de criação. Dos três, de longe Veiga é quem mais agradou, sendo decisivo nas finais da Copa do Brasil diante do Grêmio. Parte da torcida alviverde ainda pede um armador de mais regularidade, já que o próprio camisa 23 amargou fase irregular, especialmente quando voltou de período ausente por ter contraído Covid.