A temporada do Athletico-PR tem contado com muitos feitos do time, especialmente nos últimos meses, após a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari. Se o início de ano parecia ser mais conturbado, sem um comando técnico definido – e com as passagens frustradas de Alberto Valentim e Fábio Carille -, a equipe se reencontrou desde maio.
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Já são 14 partidas seguidas sem perder, e destaques em todas as competições que o Furacão disputa. O mais recente é a classificação para as quartas de final da Copa Libertadores, após empatar com o Libertad, no Paraguai, por 1 a 1, com gol de Rômulo já nos acréscimos da etapa final, na última terça-feira (5)- o CAP havia vencido a ida por 2 a 1.
O feito deixou o Athletico-PR mais confiante na temporada, aliado ao que o time já tem conseguido no Brasileirão, tendo batido o líder Palmeiras, em São Paulo, no último sábado (2), por 2 a 0, chegando à vice-liderança da competição; e com vantagem diante do Bahia, ao ter batido o Tricolor fora de casa por 2 a 1, no duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
Além dos pontos coletivos fortalecidos, a carreira de Felipão ganhou mais um capítulo numa marca importante do técnico: ele jamais foi eliminado antes das quartas de final em uma edição da Libertadores. Esta é a oitava vez que ele disputa o torneio, agora com o quarto Clube diferente.
Antes, Felipão já havia comandado Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro, tendo sido campeão em duas oportunidades: com o Tricolor Gaúcho, em 1995; e com o Verdão, em 1999. Ainda teve um vice-campeonato, em 2000, também pelo Alviverde, e outras duas eliminações nas semifinais, uma pelo Palmeiras, em 2018; e outra pelo Grêmio, em 1996. Nas campanhas restantes, em 2001 pelo Cruzeiro e em 2019 pelo Verdão, ele ficou nas quartas de final.
Felipão pode levar o Athletico-PR ao título da Libertadores?
Felipão pode levar o Athletico-PR ao título da Libertadores?
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A experiência de Luiz Felipe Scolari na Libertadores é um ponto positivo para o Athletico-PR. Com dois títulos, ele está empatado com Lula (Santos 1962 e 1963), Telê Santana (São Paulo 1992 e 1993) e Paulo Autuori (Cruzeiro 1997 e São Paulo 2005) entre os treinadores brasileiros que mais vezes venceram a competição.
Nesse rol também estão nomes como o do português Abel Ferreira, bicampeão com o Palmeiras, em 2020 e 2021, e o do argentino Marcelo Gallardo, vencedor do torneio com o River Plate, em 2015 e 2018. O maior campeão entre os treinadores é o argentino Carlos Bianchi, que faturou a edição de 1994 pelo Vélez Sarsfield e “copou” mais três pelo Boca, em 2000, 2001 e 2003.
Felipão em outras competições internacionais
O treinador do Furacão também tem um histórico forte em outras competições eliminatórias: foram três participações em Copas do Mundo, em 2002, 2006 e 2014, tendo como piores campanhas as semifinais. Felipão foi campeão com o Brasil em 2002, e deixou Portugal e Brasil na 4ª colocação nos Mundiais seguintes em que participou, respectivamente.
Foto: Alex Livesey/Getty Images – Felipão comemora o pentacampeonato mundial do Brasil junto com Rivaldo, em 2002
Na Eurocopa, Felipão levou a seleção portuguesa ao vice-campeonato em 2004, com a derrota para a Grécia na decisão; em 2008, parou nas quartas de final, também com Portugal, perdendo o jogo para a Alemanha.
Na China, ele também fez história ao levar o Guangzhou Evergrande ao título da Liga dos Campeões da Ásia, em 2015, no que foi o segundo troféu do Clubena história da competição – o terceiro de uma equipe chinesa. Naquele ano, Felipão ainda enfrentou o Barcelona, do trio MSN, na semifinal do Mundial de Clubes.
Guiado por Felipão, o Athletico-PR não quer parar de fazer história nesta edição da Libertadores. Já classificado às quartas, o Furacão espera o vencedor do confronto entre Estudiantes e Fortaleza para saber quem será seu adversário. O Rubro-Negro tem como sua melhor campanha histórica na competição a final de 2005, perdida para o São Paulo.