Revelado pelo Grêmio, Mário Fernandes entrou no radar do Clube nos últimos dias, para reforçar o elenco na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Mas, o Tricolor Gaúcho foi apenas um dos quatro times brasileiros onde o defensor teve seu nome especulado desde que teve seu contrato com o CSKA Moscow suspenso, em maio. Athletico-PR, Flamengo e Santos também surgiram como possíveis destinos do jogador.
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Mas, de acordo com o jornalista Fábio Aleixo, o jogador de 31 anos quer seguir fora dos gramados no momento, para descansar ao lado de sua família e aguardar o nascimento do seu filho. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (22).
Com a guerra envolvendo Rússia e Ucrânia, Mário optou por rescindir seu contrato com o CSKA. O vínculo iria até 2024. Sua saída acontece dez anos após a chegada ao time europeu. E, por conta da invasão russa ao país vizinho, a Seleção do país do leste europeu foi suspensa pela FIFA e não disputará a Copa do Mundo do Catar (linkar), que começa em novembro.
Assim, o lateral-direito/zagueiro está fora da disputa e não poderá disputar o seu segundo Mundial. Em 2018, ele defendeu a Rússia, na Copa sediada pelo próprio país. O atleta atuou pelo Grêmio entre 2009 e 2012, até se transferir para o CSKA, construir uma longa carreira pelo Clube e se tornar ídolo da torcida do time de Moscou. Naturalizado russo, ele jogou não só a última Copa do Mundo, como também a Eurocopa realizada em 2021.
Mário Fernandes em ação pela Seleção da Rússia – Foto: Stuart Franklin/Getty Images
Mário Fernandes é apenas um entre vários brasileiros que representam outras seleções e ficarão fora da Copa do Mundo do Catar. O BolaVip Brasil reuniu, em um levantamento, setejogadores que defendem outros países e não estarão no Mundial. O principal nome entre eles é Jorginho, campeão da Champions League 2020/2021 como um dos grandes nomes do Chelsea, e da Euro 2021 pela Itália, também figurando como pilar no meio campo da equipe.
A Itália venceu a Eurocopa na temporada passada, chegou a ter seu time apontado como um dos fortes concorrentes ao título no Catar, mas se perdeu, foi parar na repescagem das Eliminatórias e acabou eliminada pela Macedônia do Norte. O fracasso é um filme repetido, já que a Azzurra também não conseguiu se classificar para a Copa de 2016, disputada no Brasil. Com isso, três jogadores nascidos no Brasil não estarão no torneio:
Jorginho posa com o troféu da Eurocopa 2021 – Foto: Claudio Villa/Getty Images
O mais experiente deles é o meio-campo Jorginho. Ele estreou pela seleção tetracampeã em março de 2016, quando tinha 24 anos. Hoje aos 30, já soma 44 jogos e cinco gols pelo time comandado por Roberto Mancini. Nascido em Imbituba – litoral sul de Santa Catarina -, chegou ao futebol italiano com 16 anos, para defender o Hellas Verona. Por lá, atuou pelas categorias de base e pelo profissional até 2013, quando foi adquirido pelo Napoli. Chegou ao Chelsea em 2018 e tem se mantido como um dos melhores da posição na Europa.
Emerson Palmieri em ação pela Itália, Finalíssima, contra a Argentina – Foto: Claudio Villa/Getty Images
O segundo nome na fila é o de Emerson Palmieri. Nascido em Santos e cria do Peixe, o lateral deixou o Alvinegro Praiano em 2014, aos 19 anos, para jogar no Palermo (ITA). Na temporada seguinte, se transferiu para a Roma. Ficou por lá até 2017, ano em que chegou ao Chelsea. Na última temporada, foi vestir a camisa do Lyon. Com dupla nacionalidade desde 2017, ele soma até o momento, 27 partidas pela Seleção Italiana.
Rafael Toloi em ação pela Seleção da Itália – Foto: Divulgação / Instagram@rafael.toloi2
O caso mais recente é o de Rafael Tolói. E é também o nome com mais trajetória no futebol brasileiro. Natural de Glória D’Oeste, cidade do Mato Grosso do Sul, Tolói foi revelado pelas divisões de base do Goiás e por lá se destacou também no profissional a partir de 2009, mesmo ano em que foi vice-campeão mundial com a Seleção Brasileira Sub-20. Em 2012, foi defender o São Paulo. Teve sua primeira experiência no futebol italiano em 2014, com rápida passagem pela Roma. Voltou ao Tricolor Paulista e permaneceu até 2015, ano em que se transferiu para a Atalanta. Por lá, o defensor se firmou e segue até hoje, aos 31 anos. Chegou à Azzurra no ano passado e já fez oito jogos.
Guilherme Marinato defendendo o gol do Lokomotiv – Foto: Epsilon/Getty Images
Mário Fernandes não é o único jogador nascido no Brasil, que perdeu a oportunidade de ir à Copa do Catar por conta da suspensão da Rússia pela FIFA. Revelado pelo Athletico-PR, o goleiro Guilherme Marinato chegou ao Lokomotiv Moscow em 2007 e defende o clube russo há 15 temporadas. Titular absoluto no time local, o arqueiro, hoje com 36 anos, representa a seleção russa desde 2016, um ano após receber o passaporte do país. Natural de Cataguases, município de Minas Gerais, Marinato foi o primeiro goleiro brasileiro a disputar o campeonato local e também o primeiro jogador nascido fora da antiga União Soviética a atuar pela seleção local. Não esteve na Euro 2021, mas sua presença na Copa não era descartada.
Junior Moraes e Marlos? Entenda:
A Ucrânia bateu na trave para chegar à Copa do Mundo. Em meio à guerra contra a Rússia, a seleção ucraniana foi a campo pela repescagem em 1º de junho e derrotou a Escócia por 3 a 1, na casa dos adversários. Uma vitória considerada épica já que a equipe nacional não se reunia desde novembro de 2021. Mas, ainda faltava um passo. E não deu. Na partida que valia vaga direta no Mundial, deu País de Gales.
Nestas duas partidas, o time ucraniano não contou com Júnior Moraes e Marlos. Por razões diferentes. Quando voltou ao futebol brasileiro, no início do ano, para defender o Athletico-PR, Marlos afirmou que não pretendia mais defender a seleção europeia. O meia-atacante, hoje com 34 anos, representou a Ucrânia na Euro 2021. Além disso, ele se machucou dias antes da Data FIFA, atuando pelo Furacão.
Já Júnior Moraes, estava jogando pelo Corinthians à época, e apesar de ter precisado sair do país como refugiado logo no início da invasão russa, não chegou a anunciar aposentadoria da seleção ucraniana. Ele atuou pelo país do leste europeu em 11 oportunidades, sendo todas entre 2019 e 2011, com o ex-craque Schevchenko à frente da equipe. Quando o técnico Oleksandr Petrakov assumiu o comando técnico, o centroavante brasileiro estava machucado. O fato de não ter chegado a atuar com o novo comandante, pode ter pesado para a não convocação.
