Renato costuma pedir muitos reforços ao presidente do Grêmio e, nesse ano, mesmo em meio à pandemia, não foi diferente. Atacantes, laterais e meias foram confirmados no Imortal. Vanderlei e Victor Ferraz foram uns dos primeiros. Pouco tempo depois, os medalhões Diego Souza e Thiago Neves (que já saiu) também foram anunciados. Alguns dos jogadores contratados já saíram, como Caio Henrique, que acabou indo ao futebol francês.

Thiago Neves ironiza torcida do Grêmio e ataca diretoria: “Fui muito injustiçado”
Thiago Neves ironiza torcida do Grêmio e ataca diretoria: “Fui muito injustiçado”

Thiago Neves também durou pouquíssimo tempo e teve seu contrato rescindido “de surpresa”. O ex-camisa 10 estava a três jogos de ativar uma cláusula previa renovação automática para 2021, com pagamento de R$ 2,4 milhões em luvas e aumento salarial. O meia foi relacionado para 17 partidas e entrou em campo em 14 na temporada, nove pelo Gauchão e cinco pelo Brasileiro. Em contato com o jornalista Rica Perrone, o medalhão voltou a criticar a diretoria.

“Quando voltaram os jogos, a diretoria estava em cima do Renato e a torcida pressionando. O Grêmio não vinha jogando bem, mesmo com várias contratações. Quando ele me botava, eu era crucificado. Me sentia mal, pois parecia que tudo de ruim no Grêmio a culpa era minha. Acho que eu fui muito injustiçado. Desde o primeiro dia, fui muito bem recebido. Achei que eu iria arrebentar. O time era muito bom e havia muita esperança em mim”.

Foto: Getty Images

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O desempenho do jogador desagradou à direção no período de oito meses de Thiago em Porto Alegre. Além de não repetir atuações destacadas de outrora, o atleta de 35 anos apresentou baixa evolução física e marcou apenas um gol. O GE teve acesso exclusivo aos documentos da rescisão: incluindo todos os custos, o valor bruto ficou em R$ 3.440.000,00. O meio-campista será pago de forma parcelada, em 12 vezes de R$ 286.666,66.

“O que eu sabia é que a direção não queria mais a cláusula de meta de jogos para a renovação automática. O Maicon falou que estava estranho. Fiz o treino e o meu empresário me ligou: “O diretor quer falar com você. Os caras não querem mais. Vai pra casa”. Durante uma semana, não fui comunicado pelo Grêmio. Apenas um diretor ligou. Até hoje, não sei o que aconteceu. Só sei que, da forma que foi, não se faz nem com um cachorro”.