O Grêmio viveu um longo período de seca de títulos de expressãoentre 2001 e 2016, com a torcida se apegando muito a jogadores que honraram a camisa tricolor, mesmo sem erguer grandes taças. Um dos nomes mais lembrados é o do meio-campista Tcheco, que defendeu e foi capitão do clube em duas oportunidades,entre 2006 e 2007 e de 2008 a 2009. O ex-jogador foi o camisa 10 na histórica campanha da Libertadores de 2007.
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Atualmente com 43 anos, Tcheco dá os primeiros passos de sua carreira como técnico e não quer pular etapas. Após ser auxiliar no Paraná e no Coritiba, o ex-meiatem passado por clubes menores, buscando adquirir experiência. “Eu tive a possibilidade de ser treinador do Coritiba, mas eu pedi para não assumir porque achava que tinha que ter uma preparação antes. Eu não sou nada contra o (Fabio) Carille que conseguiu o que ele fez, mas acho que é muito raro o que aconteceu com ele. Outros treinadores fizeram isso e tiveram seu sucesso de 15 minutos, momentaneamente, e depois não tiveram mais oportunidades“, disse, em entrevista ao jornalista Duda Garbi, da Rádio Gaúcha.
No Coritiba: primeira experiência na comissão técnica (Foto: Divulgação/Coritiba)
“Eu quis fazer diferente. Estou roendo o osso para aprender algumas situações que eu não tive no Coritiba quando era auxiliar. Quando você é treinador e tem voz ativa no comando, tem muitas situações que acontecem nos jogos nestes outros clubes que eu passei, como o Barra, de Santa Catarina, na segunda divisão do Catarinense ano passado, e agora no Rio Branco (PR). Estou gradativamente alcançando alguns clubes que me deem situações para eu aprender”, adicionou.
Identificado com o Grêmio, Tcheco não teve dúvidas ao revelar o desejo de comandar o time no futuro.”Eu tenho dois objetivos muito claros. Primeiro, ir aos poucos, aprendendo, chegar em um time de Série A do Brasil e depois ir para o Mundo Árabe, porque lá tive minha história (como jogador) e quero construir uma como treinador. Se eu gostaria de treinar o Grêmio? Eu vou treinar o Grêmio ainda. Daqui uns anos eu vou treinar o Grêmio, mas eu tenho que estar preparado para isso, porque sei que vou receber muitas críticas e pauladas. Mas, para chegar lá, tenho que ter um respaldo de trabalho, não posso chegar lá por ser o Tcheco”, afirmou.
“Eu vou passar por uma faculdade no futebol, já estou fazendo os cursos da CBF, tenho a (licença) B, vou fazer a A, mas não tenho pressa. Não adianta em fazer a licença A amanhã, se não vou treinar nenhum clube da Série A. Se Deus quiser e permitir, e as oportunidades aparecerem, eu ainda vou chegar ao Tricolor dos Pampas“, destacou.
Tcheco ainda contou como gosta de armar suas equipes e apontou se inspirar em Renato Portaluppi e Jorge Jesus. “Tem que ter uma organização defensiva. Quanto mais organizado teu time, menos dificuldades vai passar. Ofensivamente, é uma coisa que tudo é debatido nos cursos, que o Brasil perdeu sua essência, porque se tem muitas obrigações ofensivas, tipo, o extrema do lado direito não pode passar para o lado esquerdo, o centroavante não pode fazer isso e aquilo”, analisou.
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“Comigo é o seguinte, passou do meio de campo, faz o que achar que tiver que ser feito. Tem que improvisar, futebol é improvisação. Se você for robotizar tudo, vai ficar fácil para o outro time te marcar. O Grêmio é um pouco assim, o Flamengo é muito assim, passou do meio de campo, os caras não tem uma posição fixa. Faz o que acha que tem que ser feito, não pode limitar o jogador. Estou partindo para este lado. Tentando organizar meus times defensivamente, como acho que tem que ser, e ofensivamente, achar um padrão que, depois que passa do meio, deixa (os jogadores) serem felizes”, completouo ex-jogador.