No G4 do Campeonato Brasileiro com 11 pontos, o Botafogo vem de três vitórias e dois empates nos últimos cinco jogos. Diante disso, a torcida tem ficado admirada com o início de temporada com a nova gestão comandada por John Textor. Na última segunda-feira (16), durante o programa ‘ESPN F90’, o comentarista Pedro Ivo Almeida destacou o momento vivido pela equipe.
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O comunicador apontou alguns motivos que fazem a torcida ficar empolgada. “Tem motivo. Há quanto tempo o torcedor vem sofrendo com gestão, falta de dinheiro, má gestão de recursos, não tem o que sonhar, o que disputar. Entrou em gangorra parecida com o Vasco, que tinha que subir para tentar não cair. Vem um cara que compra o clube, acostumado com o futebol, troca modelo de futebol, o treinador, contrata peças, não promete título brasileiro mas fala em ficar na Série A para se estruturar”.
“Tudo que fala vem acontecendo. Há quanto tempo o botafoguense vem escutando coisa que não acontece e não tem direito de sonhar? Toma gol do Fortaleza e sabe que pode reagir? Antes não era assim. É compreensível na figura do Textor alguém que mudou o pensamento e deu motivo de sonhar. Voltou a enxergar no clube um motivo de felicidade, não só de lamento. Hoje vê dignidade, salário em dia, outro noticiário. Tem todo direito de se encantar com o Textor, que está vivendo a paixão. O botafoguense respeita muito isso”, completou.
Foto: Vitor Silva/Botafogo.
Entretanto, Fábio Sormani fez uma crítica relacionada a torcida presente no estádio Nilton Santos. “Concordo com isso tudo, é por aí mesmo. Só queria fazer uma ressalva. Tinham 23 mil torcedores no Nilton Santos. Com esse time, diretoria e projeto, não pode jogar para menos de 30 mil pessoas. Torcedor exige, mas precisa fazer a parte dele. Tem que ir para campo. Esse investimento tem um custo, o torcedor tem que ajudar a pagar. Não só retornando nos ingressos que compra, mas também com 30 mil pressionando arbitragem e adversário. Transformando pressão em vitórias, que vão trazer classificações no mata-mata e colocar o Botafogo lá em cima no Campeonato Brasileiro, levar para Libertadores, conseguir patrocinador maior. Acho inaceitável 23 mil pessoas no Nilton Santos. O Botafogo com projeto, perspectiva, o torcedor precisa ajudar. Não estou falando dos que foram, mas dos que ficaram em casa, nos que foram contra o Corinthians e nesse jogo não, esses merecem puxão de orelha”.
Em contraponto, Pedro rebateu justificando a ausência. “Só uma ressalva. 23 mil torcedores num domingo à noite, na metade do mês, culturalmente falando, pelo que era, é um número interessante. O Botafogo, que não gozava das melhores médias, hoje está em segundo ou terceiro. Parece que 23 mil não é ninguém. Já tinha colocado quase 40 mil contra o Corinthians, não é que foram 4 mil torcedores nesse jogo (contra o Fortaleza). É uma cultura que vai sendo cultivada ao longo do tempo”, concluiu.