Há 20 anos atrás, mais exatamento no dia 24 de abril, o Paysandu alcançava um dos grandes momentos da sua história. No jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores, a equipe nortista surpreendeu toda a América em uma partida que contou com um roteiro digno de filme indicado ao Oscar. O time brasileiro foi a sensação da fase de grupos do torneio, mas ninguém esperava pelo que aconteceu naquela noite na La Bombonera.

Alessandra Torres/AGIF - Paysandu colocou seu nome ao lado de dois grandes times da história do futebol sul-americano
Alessandra Torres/AGIF - Paysandu colocou seu nome ao lado de dois grandes times da história do futebol sul-americano

 

O Boca Juniors já era tetracampeão da competição e tinha conquistado dois Mundiais (hoje são 6 e 3 respectivamente) e o Papão disputou a edição após ser campeao da extinta Copa dos Campeões, no ano anterior. A mídia da época dava como certa a vitória do time de Tevez (Ex-Corinthians) e Abbondanzieri (Ex-Inter), falando sobre a hipótese de uma goleada, que não ocorreu.

O Papão da Curuzu conseguiu unir força de vontade, tranquilidade e disciplina tática para sair com a vitória de 1x0, com o gol sendo marcado pelo futuro jogador e campeão do Mundial pelo clube argentino, o meio-campista Iarley. Além disso, o time comandado pelo ex-zagueiro Dario Pereyra, terminou o confronto com apenas nove jogadores em campo, após "Robgol" e Vanderson serem expulsos.

Antes dos paraenses, apenas dois brasileiros haviam conseguido vencer o Boca no seu "caldeirão", o Santos de Pelé em 1963 e o Cruzeiro, de Ronaldo e Dida, no ano de 1995. Na partida de volta, realizada para mais de 50 mil pessoas no estádio Mangueirão, o Paysandu saiu derrotado por 4x2, graças a atuação mágica de Guillermo Schelotto. Os argentinos se sagraram campeões da edição do torneio ao vencer o Santos de Robinho e Diego na final. Mais tarde no mesmo ano, conquistaram o Mundial de Clubes nos pênaltis contra o Milan.