Não é de hoje que os principais problemas do São Paulo estão ligados a diretoria. O mandato do presidente Carlos Augusto de Barros Silva, mais conhecido como Leco, foi marcado por diversas conturbações nos bastidores envolvendo dívidas e pendências. O Tricolor Paulista fechou a temporada 2019 com um déficit de R$ 156 milhões e já iniciou 2020 com mais de R$ 100 milhões em dívidas bancárias.
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Leco assumiu a presidência do São Paulo em 2015. Em 2017, foi reeleito e se tornou o primeiro mandatário sob o regimento do novo estatuto do clube. Maicon, atualmente no Grêmio, passou pelo clube do Morumbi entre os anos de 2012 e 2015. O volante pouco atuou com Leco no comando. No último sábado (15), foi o convidado do programa Aqui Com Benja! e falou abertamente sobre sua decepção com a diretoria do Soberano.
“Fui contratado do Figueirense para o São Paulo e, muitas das vezes, quando ia jogar, vinham ordens de cima mandando me tirar do time, da diretoria, presidente…cheguei em 2012, fiquei em 2013,2014 e, em março, eu saí. Não estou falando de mim, se você escutar entrevista do Muricy, vai ver que os diretores falavam: “não, o Maicon, não”, e ele falava: “no meu time, é Maicon e mais dez”. Ele já falou abertamente isso, que muitos diretores e o próprio presidente, que eu não sei, pediam para me tirar do time”, declarou.
Foto: Getty Images
Sua declaração repercutiu entre a torcida do São Paulo nas redes sociais. No Grêmio, clube que defende até hoje, conquistou títulos como Copa do Brasil, Libertadores e Recopa. No atual elenco do São Paulo, Luan, Liziero e Tchê Tchê são algumas das opções no meio-campo. A equipe de Fernando Diniz, inclusive, busca um triunfo diante do Vasco após bater o Fortaleza. Os dois times se enfrentam pela terceira rodada do Brasileirão neste domingo (16), às 16h, em São Januário.
“Não tenho mágoa da torcida do São Paulo porque vais, receber elogios e críticas, é do futebol, você está acostumado com isso. A nossa cultura é assim: quarta você joga muito e é craque, domingo, se você não for bem, você é um m*, você não serve para jogar no time. Mágoa com a torcida do São Paulo, zero, gratidão eterna por ter jogado nesse clube que é gigante. Agora, eu não concordava com o que as pessoas faziam comigo lá, me mandar tirar do time”, completou Maicon.