O clima no Santos não é nada bom durante a pandemia. Sem treinos, jogos e, consequentemente, sem dinheiro, o Peixe enfrenta problemas para arcar com as despesas e quitar dívidas, principalmente com seus jogadores. A missão durante o recesso é não perder nenhum jogador, mas isso está ficando cada vez mais difícil.
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Para não aumentar a crise financeira que acontece no clube desde antes da pandemia, a diretoria entrou em acordo com os atletas para uma redução salarial de 30%. No fim das contas, o corte chegou a ser de 70%, atitude que irritou os jogadores, em especial, Marinho, que chegou a excluir as redes sociais – e reativou recentemente.
O atacante, em resposta a um torcedor, havia dito que o Alvinegro está devendo quatro meses de salários e gerou a maior repercussão nos últimos dias. Em entrevista à ESPN Brasil, o presidente do clube, José Carlos Peres, reconheceu existirem pendências com o elenco, mas ponderou que se tratam de direitos de imagem. O mandatário resumiu a situação em “polêmica desnecessária”.
“É a questão do direito de imagem que provavelmente reclamou. Marinho é um bom garoto, torcida gosta muito, é um ídolo. Mas é jeito do jogador, às vezes forma de se comunicar cria polêmica desnecessária. O que mais a gente precisa no momento é paz”, declarou. Sobre a redução no salário, Peres explicou a proposta feita aos atletas – sem acordo, até então.
“Tentamos negociação, pegamos uma lei do próprio presidente Bolsonaro e aplicamos. Havia possibilidade de redução e fizemos. Fizemos redução de 35% de desconto e 35% devolvido à frente quando sairmos dessa pandemia. Colocamos cláusula de que poderíamos pagar na possível rescisão”, disse.