O Grêmio tem a fama de produzir ou desenvolver muitos talentos no meio-campo e no ataque. Nos últimos anos, destaques não faltam nesse sentido: Arthur, Matheus Henrique, Luan, Éverton Cebolinha, Pepê, Ferreira, Jean Pyerre… Todos surgiram em um sistema parecido, que tem moldado o talento de muitos atletas no Tricolor Gaúcho.

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E a fonte parece não secar. O novo nome na linhagem não é, exatamente, um jogador formado no Grêmio desde a adolescência, mas se destacou na Copinha deste ano e encantou o técnico Vagner Mancini, que promoveu a subida do atleta para a categoria profissional. Desde o início do ano, o meia Gabriel Silva tem se destacado e, por conta disso, até deu os primeiros passos no time de cima.
Com o fim da participação do Grêmio na Copinha, o meia de 19 anos passou a treinar com os jogadores do elenco principal e, à medida que ganhava mais confiança de Vagner Mancini, ficava mais perto de estrear. O primeiro jogo de Gabriel Silva no time de cima ocorreu no triunfo sobre o São José, por 2 a 1, em casa, pelo Gauchão. Ele entrou aos 40 minutos do segundo tempo, substituindo Janderson, e colocou uma bola na trave.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio – Gabriel Silva estreou bem pelo Grêmio, no triunfo sobre o São José, pelo Campeonato Gaúcho
A valorização do meia ofensivo é alta. Com status de jogador com grande potencial, Gabriel Silva tem contrato com o Grêmio até 2025 e multa rescisória de R$ 40 milhões.
Porém, antes de chegar ao Tricolor, ele se destacou em São Paulo, mais precisamente na várzea, até ser observado pelo São Caetano e acertar com a equipe do ABC paulista. Caracterizado pelos dribles e pela boa visão de jogo, Gabriel Silva coleciona descrições de pessoas impressionadas com o seu talento. Uma delas é o ex-coordenador do São Caetano, Carlos Silva de Oliveira.
“O Gabriel chegou ao São Caetano para uma semana de testes. No primeiro dia olhei e pensei: ‘achamos mais um craque’”, relata o coordenador, que também “descobriu” Luan, campeão da Copa Libertadores em 2017 pelo Grêmio.
E ele prosseguiu.
“E me lembro até hoje que fizemos um treino dos reservas do sub-17 contra meninos que se destacaram nos testes. O Gabriel acabou com o jogo. Eu realmente me lembro daquele dia. Era uma segunda-feira, sabe? Quando a gente vê um talento assim, fica marcado mesmo”, relembra Carlos.








