Antes do Gre-Nal, o ônibus do Grêmio sofreu um ataque dos próprios torcedores do clube, na mesma semana de outro ato de violência, envolvendo o Bahia, e também resultou em um jogador atingido. Depois disso, a partida seguinte do Imortal foi válida pela Copa do Brasil, e a equipe gaúcha acabou eliminada pelo Mirassol ao ser batida, fora de casa, pelo placar de 3 a 2. Após o jogo, Roger Machado desabafou.
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Durante a entrevista coletiva, o treinador comentou sobre o episódio antes do clássico gaúcho, que foi remarcado para a próxima quarta-feira (9), e convocou uma reflexão geral envolvendo a situação da violência no futebol nacional. Para ele, todos aqueles que trabalham diretamente com o esporte têm a sua responsabilidade e, de certa forma, acabam por fomentar atitudes desta magnitude.
“Nós todos somos responsáveis por isso, o Ministério Público, os clubes envolvidos, nós profissionais do futebol, que muitas vezes ao invés de não levar a rivalidade para dentro do campo, permitir que somente o torcedor se manifeste em relação a flautas, entramos nesta seara e contribui”, comentou o técnico gremista, que diz “não estar muito disposto a ser vítima nem tampouco presenciar uma tragédia anunciada que em um momento vai acontecer”.
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“Isso não é um fato isolado, acontece há muito tempo. Tenho 30 anos de futebol e pelo menos uma vez por ano isso aconteceu como jogador ou treinador”, afirmou. Roger acredita que o futebol é um reflexo da sociedade. “Quando a gente extrapola essas questões de campo, a gente também incita esse tipo de ação. É lamentável”, completou. A próxima partida do Grêmio será contra o Novo Hamburgo, no sábado (5).
